2.11.06

Voar baixinho

ISTO NÃO VAI assim tão mal, apesar do Governo continuar a sugar-nos o tutano. Se as coisas estivessem mesmo pretas, o Engº Sócrates já tinha arranjado comprador para os F16, nem que fosse a Coreia do Norte. Mas a verdade é que os 12 F16 modernizados, que o esmoler António Guterres comprou aos americanos antes de fugir, continuam encaixotados.

São “kits”, que ninguém sabe muito bem para que foram comprados por tantos milhões, nem quem os montará, uma vez que as OGMA já são brasileiras.

E anda a Judiciária a prender oficiais e cavalheiros por causa de compras e vendas de armas para a Marinha…

Quanto aos 12 modernizados F16, há anos por desencaixotar, anuncia o ministério da Defesa que “o Governo vai avaliar as oportunidades de negócio e as necessidades operacionais do ramo”. Lá continua a Força Aérea a voar baixinho…

Pensávamos que essas coisas se faziam antes de nos metermos em despesas. Mas isso é quando o dinheiro é nosso. Com o dinheiro dos outros aumenta-se a electricidade e promovem-se estradinhas “Sem Custo para o Utilizador” (SCUT) a CCUT – “Com Custo para os Utilizadores”.

«25ª HORA» - «24 horas»

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4 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

CCUT?

«CiCUTa» não era o nome do veneno com que Sócrates morreu?

2 de novembro de 2006 às 19:11  
Anonymous Anónimo said...

Medina

Lembras-te de como o "menino" Guterres, que andava uns dois aninhos atrás de nós, era tão bem comportado e tão bom aluno?

Como é possível que aquela criatura tenha feito tanta burrada no Governo?

Por causa dele, passei a dizer aos meus filhos e aos filhos dos meus amigos : as boas notas, só por si, não auguram nada ; olhem o Guterres.

J. Oliveira

3 de novembro de 2006 às 06:46  
Anonymous Anónimo said...

E quem terá sido o consultor ou conselheiro ou militar que recomendou tal compra a Guterres ou ao ministro da tutela?

3 de novembro de 2006 às 17:58  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Dinheiro a voar

Já todos ouvimos contar a história do miúdo que encontrou uma maçã na rua, que depois vendeu, comprando duas outras com o dinheiro obtido. Como se sabe, a narrativa prossegue sempre nessa linha, até que o rapaz chega a milionário - a tempo, ainda, de aproveitar o fruto do seu esforço e jeito para o negócio.

Ora imagino que deve ser uma rábula dessas que se prepara para os doze F-16, comprados no tempo de António Guterres e que vão ser vendidos para ajudar a adquirir outros bens de primeira necessidade do mesmo género.

O facto de, como agora se soube, esses aviões nunca terem voado e estarem ainda "encaixotados", só revela o sentido de Estado de quem os apadrinhou pois, além do muito que entretanto se poupou em gasolina e em emissões de CO2, devem ter estado a valorizar para serem vendidos como antiguidades em perfeito estado de conservação.

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Publicado no «DN» e no «DESTAK» de 5 Jun 06

4 de novembro de 2006 às 21:52  

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