22.2.07

A EMEL, a PSP e os políticos

A ASSOCIAÇÃO SINDICAL dos Profissionais da PSP protestou ontem contra a decisão da CML de pôr os funcionários da EMEL a autuar os condutores que estacionam constantemente em segunda fila, sobre os passeios, sobre as passadeiras.
A ACA-M pergunta-se: por que razão chegámos a uma situação em que a fiscalização do estacionamento selvagem em Lisboa é feita por uma empresa municipal e não pela Divisão de Trânsito da PSP?
A resposta parece-nos óbvia: É que durante anos, a DT-PSP, a autoridade policial que podia e devia combater os flagelos lisboetas do estacionamento indevido e do excesso de velocidade, demitiu-se quase completamente da sua função.
Claro que a ACA-M prefere que a DT-PSP faça o seu trabalho e que a CML não tenha esse encargo adicional. Claro que muitos condutores que abusam das falhas do sistema estarão agora irritados porque vão passar a pagar como os outros.
É a vida. Mas, para a ACA-M, a verdadeira questão de fundo é saber de quem foi a responsabilidade política de a DT-PSP se ter demitido da sua obrigação – dado que não consta que os comandos da PSP tomem decisões políticas.
Fazemos assim um apelo à Assembleia da República para que investigue este estranho caso de polícia.
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Comunicado da ACA-M de 21 Fev 2007

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como visitante regular deste blogue, folgo muito por saber que MJRamos passou a colaborar nele, seguramente em assuntos tão importantes como a sinistralidade, o civismo (ou a sua falta), etc

Seja, pois, muito bem-vindo!

22 de fevereiro de 2007 às 21:57  
Anonymous Anónimo said...

Eu vou ainda mais longe... porque será que o estado ou os orgãos a ele pertencentes, se demitem das suas funções?
De demissão em demissão até á infuncionalidade total...

23 de fevereiro de 2007 às 09:36  
Blogger Obsecado [sic] said...

Caro amigo da ACA-M, por muito que concorde com o seu diagnóstico para a "desautorização" da DT-PSP, não concordo que deva ser a PSP a exercer essas funções. São funções demasiado simples para terem de ser exercidas por agentes da autoridade devidamente formados. É um pouco como a diferença entre médicos e enfermeiros, sem desprimor para estes, claro, mas não é necessário tirar um curso de um ano para verificar se um carro está mal estacionado, nem autuar um veículo mal estacionado requer o mesmo treino que perseguir um ladrão de ourivesarias pela Almirante Reis abaixo.

O que eu sugiro mais ainda é que a EMEL não conceda o monopólio da concessão do "negócio" da forma "secreta" como parece ter sido a concessão à Spark, e que faça um concurso público de concessão para um SEGUNDO concessionário, para ambos possam concorrer entre si, tendo ainda liberdade quanto ao número de agentes e reboques a contratar.

Se é o sistema de concorrência livre que leva ao mercado perfeito, perfeito neste caso significa a CML pagar o serviço de fiscalização e reboque pelo mínimo possível (por causa do concurso público), e significa que, como noutras cidades civilizadas, se você deixar o seu carrinho num sítio proibido, pode ter a certeza de que nem 5 minutos vão demorar até ter a iniciativa privada a facturar consigo, ou seja, a efectivamente regular o que tem de ser regulado.

O capitalismo selvagem é a solução para o estacionamento selvagem.

23 de fevereiro de 2007 às 12:16  

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