A preto e branco e a cores
GANHEI MAIS CONSCIÊNCIA POLÍTICA com Dien-Bien Phu, o adeus francês ao Vietnam, e temperei-me na Batalha de Argel.
Havia fãs de Ben Bella e adeptos de Boumedienne e a Polícia de Choque portuguesa era criada a aprender em Argel a reprimir os cafres, que éramos nós, em 61 e 62, antes de Sampaio mandar os colegas para casa para o “ancien regime” não pensar que aquela era uma greve política, porque vinha aí o Primeiro de Maio do PC e nós não deveríamos ser mais do que bem pensantes mal comportados.
Nasser era um herói, Amílcar Cabral o grande triunfador da Tricontinental de Havana, Agostinho Neto, o guerrilheiro da Rive Gauche como lhe chamaria Samora Machel, carregava recordações da Casa dos Estudantes do Império, no Arco do Cego.
Hoje, Reino Unido e Espanha, parceiros europeus do trio dos Açores a quem Barroso serviu à mesa, reflectem como se hão-de livrar da ameaça permanente que criaram com a guerra do Iraque. Faz lembrar o modo como, então, gerações diferentes de franceses iam pelos ares e enfrentavam o futuro de países que consideravam seus.
Um filme que já vimos muitas vezes. A preto e branco e a cores.
«25ª HORA» - «24 horas» 2 Mar 07
Etiquetas: JL
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