8.6.07

Os saudosos do tã-tã, dos pombos-correio e dos sinais-de-fumo

Ainda a propósito da espantosa notícia de hoje, aqui referida (que nos dá conta de dificuldades informáticas para fazer chegar imagens de Marrocos a Portugal!), não resisto a contar o seguinte:
Durante muitos anos, trabalhei numa empresa que tinha instalações no Norte e em Lisboa e onde, com frequência, era preciso enviar ficheiros informáticos de uma para outra.
Normalmente, tal era feito com recurso aos CTT (demorando, por isso, um par de dias - a que era necessário adicionar os tempos do correio-interno) mas, em casos urgentes, procedia-se da seguinte forma, como muitas vezes testemunhei:
Depois de passados os ficheiros para uma ou mais disquetes, fazia-se um embrulho cuidadoso e, com recurso a um voluntário, o mesmo era levado, de carro, ao Aeroporto de Pedras Rubras/Sá Carneiro, onde era entregue aos cuidados da tripulação. Em seguida, fazia-se um telefonema para o destinatário de Lisboa (a quem se comunicavam os dados do voo) que, horas depois, fazia o trajecto equivalente, indo ao Aeroporto da Portela levantar a encomenda.
Isso, hoje, faz-nos sorrir. Mas se eu dissesse que o procedimento, ainda durante muito tempo, continuou a ser esse - mesmo quando já havia modems e até Internet - ninguém acreditaria. Por isso, não digo!

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