Meia volta
Por Joaquim Letria
FAZ-ME PENA VER o nosso ciclismo reduzido a meia volta a Portugal. Não sou tão antigo que tenha vivido a épica aventura de Nicolau e Trindade. Mas Alves Barbosa, Ribeiro da Silva e Joaquim Agostinho atraíram milhões de miúdos como eu para o desporto, primeiro para a berma das estradas, depois para os velódromos de Alvalade, Alpiarça, Loulé, onde me lembro bem de ver estádios cheios para assistirem a emocionantes corridas de pista. Agora só há campos de futebol…
A emoção dos relatos radiofónicos da nossa Volta, os arrebatadores Prémios de Montanha dos Alpes, no “Tour” e no “Giro”, a rudeza e o calor da “Vuelta”, o drama das quedas. Nem a NBA na SportTV…
O “frisson” dos jornais de actualidades nos cinemas, as etapas a cores no “Paris-Match”, as festas, as meninas, os “maillots”, Louison Bobet, séculos mais tarde Eddie Mercx, as entradas em Paris de Barbosa e Agostinho, as quedas dramáticas, o imponderável do doping, a cocaína no selim dos primeiros colombianos, os “cachets”, o anonimato feroz do pelotão, as pernas que escaldam, a raiva de vencer, o protagonismo das fugas, a glória das camisolas amarela ou rosa e o podium!
Também não é aqui que vou cair no fadinho de “no meu tempo é que era bom”! Mas meia volta a Portugal?! Tenham paciência!
FAZ-ME PENA VER o nosso ciclismo reduzido a meia volta a Portugal. Não sou tão antigo que tenha vivido a épica aventura de Nicolau e Trindade. Mas Alves Barbosa, Ribeiro da Silva e Joaquim Agostinho atraíram milhões de miúdos como eu para o desporto, primeiro para a berma das estradas, depois para os velódromos de Alvalade, Alpiarça, Loulé, onde me lembro bem de ver estádios cheios para assistirem a emocionantes corridas de pista. Agora só há campos de futebol…
A emoção dos relatos radiofónicos da nossa Volta, os arrebatadores Prémios de Montanha dos Alpes, no “Tour” e no “Giro”, a rudeza e o calor da “Vuelta”, o drama das quedas. Nem a NBA na SportTV…
O “frisson” dos jornais de actualidades nos cinemas, as etapas a cores no “Paris-Match”, as festas, as meninas, os “maillots”, Louison Bobet, séculos mais tarde Eddie Mercx, as entradas em Paris de Barbosa e Agostinho, as quedas dramáticas, o imponderável do doping, a cocaína no selim dos primeiros colombianos, os “cachets”, o anonimato feroz do pelotão, as pernas que escaldam, a raiva de vencer, o protagonismo das fugas, a glória das camisolas amarela ou rosa e o podium!
Também não é aqui que vou cair no fadinho de “no meu tempo é que era bom”! Mas meia volta a Portugal?! Tenham paciência!
«24 horas» de 21 de Agosto de 2009
Etiquetas: JL
4 Comments:
Com a "meia volta a Portugal" tirou-me as palavras da boca! Não sei se o país está a encolher, mas a sensação que tenho é que a Volta está cada vez mais pequena! Será que também ela é "vítima" da tão famosa crise?!
E faltam os clubes: o Porto, o Benfica, o Louletano, o Sangalhos, o Acadénico, entre outros. E davam a volta "A" Portugal. Agora, só nas cidades ou vilas que entram com "algum".
Não sei se não haverá mais campos de golfe.
Há muito que a volta perdeu o seu interesse.
Em primeiro porque são cada vez menos os portugueses a ganha-la, honra feita a Nuno Ribeiro nesta década. E se não ganham são menos os portugueses com possibilidade de correr lá fora.
Em segundo, tambem por causa da extinção do ciclismo do Sporting e do Benfica que certamente traziam emoção á estrada.
O porto nunca poderia participar pois como é uma modalidade sem árbitro, nunca ganhariam...
E tb o facto de terem acabado com as duas semanas tirou emoção à prova.
O facto das equipas nacionais estarem sempre a mudar de nome por causa dos patrocinadores tb não ajuda nada
Enfim apontei 4 razões, mas poderiam ser muitas mais
É verdade, no principio de Agosto os portugueses estão todos de férias e apetece ir á praia. Que tal Setembro? ou mesmo no principio da temporada?
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