6.8.09

Política e ética

Por C. Barroco Esperança

OS ELEITORES ainda não esqueceram os ataques de Paulo Rangel a Elisa Ferreira e Ana Gomes por serem simultaneamente candidatas ao Parlamento Europeu e às Câmaras do Porto e de Sintra, respectivamente. As listas às eleições legislativas foram muitas vezes, nesta segunda República, encabeçadas pelos mais respeitados autarcas de cada partido, para as prestigiarem, sem terem a intenção de trocar as autarquias pelo Parlamento.

Foram as lutas no interior dos partidos, não questões de ética, que interromperam o hábito, mas isso não tolheu o alvoroço com que o deputado Rangel, que habitualmente suspendia o mandato na AR, excepto nas férias parlamentares, atacou o carácter das duas eurodeputadas.

Marques Mendes, honra lhe seja feita, procurou introduzir na política um módico de moralização que o levou a perder as Câmaras de Oeiras e de Gondomar e, mais tarde, a de Lisboa, tendo os eleitores, nos dois primeiros casos, reeleito os candidatos vetados, sobre quem recaíam graves suspeitas. (...)

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