O verbo facturar
Por Joaquim Letria
OS ASSESSORES DO GOVERNO fizeram uma tal restolhada para ninguém falar nisto que acabei por tomar conhecimento e rir às bandeiras despregadas quando se me deparou o desaforo.
Queriam então os rapazinhos que se não falasse, nem se mostrasse, um ministro a dar uma daquelas calinadas de superministro. E como o ministro é da área da matemática, o pontapé só poderia ser, em princípio, na gramática. Isto até se aprende na segunda oportunidade para o 9.º ano. Se o rapaz sabe que 2 +2 são 4, tem problema com os verbos.
Neste caso foi nos substantivos, que ainda é mais raro. Mas está longe de ser um caso virgem. Ainda tenho gravado o Catroga a dizer que o Governo “interviu” em vez de “interveio”.
Desta vez foi Teixeira dos Santos, o das Finanças e Economia, a falar das “malcriadezas” do chefe do governo regional da Madeira, suponho eu a querer referir-se às má-criações com que Jardim amiúde nos premeia.
Quem diz “malcriadezas”, por muito que perceba de números, não pode ficar muito bem visto, a menos que esteja a imitar o ex-ministro Jorge Coelho, que conjugou o verbo haver com um “hádem” tão glorioso que foi parar à Mota Engil a conjugar o verbo facturar. Nada mau!
OS ASSESSORES DO GOVERNO fizeram uma tal restolhada para ninguém falar nisto que acabei por tomar conhecimento e rir às bandeiras despregadas quando se me deparou o desaforo.
Queriam então os rapazinhos que se não falasse, nem se mostrasse, um ministro a dar uma daquelas calinadas de superministro. E como o ministro é da área da matemática, o pontapé só poderia ser, em princípio, na gramática. Isto até se aprende na segunda oportunidade para o 9.º ano. Se o rapaz sabe que 2 +2 são 4, tem problema com os verbos.
Neste caso foi nos substantivos, que ainda é mais raro. Mas está longe de ser um caso virgem. Ainda tenho gravado o Catroga a dizer que o Governo “interviu” em vez de “interveio”.
Desta vez foi Teixeira dos Santos, o das Finanças e Economia, a falar das “malcriadezas” do chefe do governo regional da Madeira, suponho eu a querer referir-se às má-criações com que Jardim amiúde nos premeia.
Quem diz “malcriadezas”, por muito que perceba de números, não pode ficar muito bem visto, a menos que esteja a imitar o ex-ministro Jorge Coelho, que conjugou o verbo haver com um “hádem” tão glorioso que foi parar à Mota Engil a conjugar o verbo facturar. Nada mau!
«24 horas» de 4 de Agosto de 2009
Etiquetas: JL
3 Comments:
Um político a restolhar
é sinónimo de asneira,
é uma forma de malhar
sem eira nem maneira.
São tantas más-criações
de políticos faustosos,
com verbais erudições
de vocábulos aparatosos!
O glorioso verbo facturar
conjugado por milhões,
é motivo para bradejar
os políticos brincalhões.
E que tal os "contróis" (plural de controle...) com que hoje nos brindou o senhor da Protecção Civil?
Na última viagem que a Senhora da Educação fez àAssembleia da República, brindou-nos também com um tal "interviu"... Assim sendo, já não fico admirado com nada...
Cumprimentos
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