3.8.09

O convite à menina e a maldade do “pois, pois”

Por Joaquim Letria

INTERESSANTE A HISTÓRIA da menina que diz ter sido convidada. Interessante porque ela não só revelou o convite, mas também o que lhe davam em troca. Toda a gente ficou a desconfiar de toda a gente.

O chefe máximo negou que tivesse havido qualquer convite à menina. “Era o que faltava”, disseram logo os acólitos do chefe máximo. O chefe da menina voltou a queixar-se - tentaram, inclusive, que ela abandonasse a sua fidelidade, coisa para que fora aliciada e cometera no passado.

Entrámos assim no aborrecido período do “convidaram”, “não convidámos”. Esperem pela menina que ela vem desempatar, diziam os chefes em confronto.

Eis senão quando se apresentou um príncipe encantado que diz ter assediado a menina disfarçado de secretário de Estado. “Mas não a convidei”, jurou ele “só perguntei se ela queria”.

O interessante desta história, para além do “suspense” de muitos sempre à espera da entrada em cena dos manos Sá Fernandes, foi que toda a gente se está nas tintas para quem fala verdade. Nem quando a menina disse nunca ter mantido com o príncipe encantado uma relação “íntima e particular”.

Aí, riram-se todos. "Pois, pois”…

«24 horas» de 3 de Agosto de 2009

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