Estaline
Por João Paulo Guerra
UM FILME DOS ANOS 50 do século passado, em plena guerra-fria, deixava no ar uma pergunta inquietante: “Estará Estaline vivo?”. O filme intitulava-se “A rapariga no Kremlin”. A rapariga era Zsa-Zsa Gabor, o rapaz Lex Barker, entre um Tarzan e uma ‘cowboyada’, e a fita uma xaropada. Os protagonistas procuravam nas zonas consideradas mais perigosas da Europa o homem que o mundo julgava morto. Mas que no filme, pelo menos, não estava.
E é a democracia portuguesa, essa trintona, que confirma a vitalidade de Ióssif Vissariónovich Djugashvíli, José Estaline de nome artístico. Curiosamente, não são só os partidos com alguma afinidade histórica e ideológica ao estalinismo quem mais aplica os ensinamentos de Estaline, mas também os auto-denominados “partidos democráticos”. Aqueles que, a solo, em duetos ou tripés têm conduzido a democracia portuguesa ao terreno pantanoso em que se encontra. (...)
Texto integral [aqui]
UM FILME DOS ANOS 50 do século passado, em plena guerra-fria, deixava no ar uma pergunta inquietante: “Estará Estaline vivo?”. O filme intitulava-se “A rapariga no Kremlin”. A rapariga era Zsa-Zsa Gabor, o rapaz Lex Barker, entre um Tarzan e uma ‘cowboyada’, e a fita uma xaropada. Os protagonistas procuravam nas zonas consideradas mais perigosas da Europa o homem que o mundo julgava morto. Mas que no filme, pelo menos, não estava.
E é a democracia portuguesa, essa trintona, que confirma a vitalidade de Ióssif Vissariónovich Djugashvíli, José Estaline de nome artístico. Curiosamente, não são só os partidos com alguma afinidade histórica e ideológica ao estalinismo quem mais aplica os ensinamentos de Estaline, mas também os auto-denominados “partidos democráticos”. Aqueles que, a solo, em duetos ou tripés têm conduzido a democracia portuguesa ao terreno pantanoso em que se encontra. (...)
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3 Comments:
Em desacordo. Como qualquer sociedade ou agremiação, os partidos, todos eles, têm estatutos, que os militantes, enquanto tal, devem cumprir. Não estando de acordo, saem e deixam de ter qualquer amarra. Estar com um pé dentro e outro fora é que parece obsceno.
A História acabou. Agora repete-se sob a forma de comédia.
Imaginemos uma empresa que, com os seus colaboradores, faz pela vida, tentando ganhar contratos.
E imaginemos que um grupo de empregados decide concorrer aos mesmos concursos (ou a parte deles), tentando obter proveitos que serão retirados à empresa, ficando para si... mas mantendo o vínculo à "casa".
Deve a direcção da empresa contemporizar com a situação?
Tal como R. da Cunha, julgo que não.
Com maioria de razão, no caso de eleições, em que está em jogo a finalidade essencial de um partido - a chegada ao poder (nacional ou autárquico).
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