A crise dos mercadores
Por Joaquim Letria
PENSO QUE A TODOS deverá causar horror o facto de 10 por cento de nós terem perdido o trabalho e não se ver hipótese de os pôr, de novo, a trabalhar.
Nos anos da II Guerra Mundial, havia uma piada que perguntava qual era a diferença entre a Alemanha e a Áustria, para se responder que, na Alemanha, a situação era grave, mas não desesperada, enquanto na Áustria era desesperada mas não grave. O Portugal de Sócrates está desesperado e a situação é grave.
Não é a crise dos mercados que vivemos. Resta muito pouco daquele mercado do Smith. Vivemos é a crise dos mercadores.
Os políticos invadiram a economia e ninguém entra pela economia dentro desinteressadamente. A nação está nas mãos dum bando de incompetentes, a maioria dos quais nunca descontou para a Segurança Social seja por que profissão for.
A oposição é inútil e descartável. Os sindicatos fazem empalidecer o bando de camionistas do Jimmy Hoffa.
A CGTP e a UGT, sob o comando de figuras estimáveis e credíveis, cada vez fogem mais para os braços de personagens de vida laboral desconhecida. As associações patronais, que já foram dirigidas por gente com nome na praça, estão hoje nas mãos de empresários desconhecidos e sem dinheiro. Esta é que é a verdadeira crise.
«24 horas» de 14 Jun 10PENSO QUE A TODOS deverá causar horror o facto de 10 por cento de nós terem perdido o trabalho e não se ver hipótese de os pôr, de novo, a trabalhar.
Nos anos da II Guerra Mundial, havia uma piada que perguntava qual era a diferença entre a Alemanha e a Áustria, para se responder que, na Alemanha, a situação era grave, mas não desesperada, enquanto na Áustria era desesperada mas não grave. O Portugal de Sócrates está desesperado e a situação é grave.
Não é a crise dos mercados que vivemos. Resta muito pouco daquele mercado do Smith. Vivemos é a crise dos mercadores.
Os políticos invadiram a economia e ninguém entra pela economia dentro desinteressadamente. A nação está nas mãos dum bando de incompetentes, a maioria dos quais nunca descontou para a Segurança Social seja por que profissão for.
A oposição é inútil e descartável. Os sindicatos fazem empalidecer o bando de camionistas do Jimmy Hoffa.
A CGTP e a UGT, sob o comando de figuras estimáveis e credíveis, cada vez fogem mais para os braços de personagens de vida laboral desconhecida. As associações patronais, que já foram dirigidas por gente com nome na praça, estão hoje nas mãos de empresários desconhecidos e sem dinheiro. Esta é que é a verdadeira crise.
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