20.9.10

Já compraram as cabras?

Por Helena Matos

DEVE ter sido a notícia mais bizarra de todo o Verão. Como juntava bichinhos com pêlo, Natureza ou visão urbana dela e corria sob o slogan da “prevenção de incêndios” a notícia espalhou-se à velocidade do fogo num esteval. Refiro-me concretamente a um projecto, Self-Prevention de seu nome, que destina 49 milhões de euros à aquisição de 150 mil cabras, que agora se chamam “limpadores naturais” e que nessa qualidade, afiançavam as notícias, comerão o mato que prolifera na zona transfronteiriça de Portugal e Espanha. (...)
Texto integral [aqui]

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6 Comments:

Blogger Luís Bonito said...

Com todo o respeito pela autora pesquisei o texto e achei estranho não encontrar a palavra "negócio", apenas "projecto" :-)

20 de setembro de 2010 às 13:32  
Blogger Bartolomeu said...

ora bem... fazendo uma simples operação aritmética de divisão, conclui-se que cada cabra, custará neste "projecto", a módica quantia de € 326,66.
assim sendo, e partindo do princípio que por exemplo, na feira da malveira, é possível comprar um exemplar da raça por cerca de € 75,00, trata-se com certeza de uma raça cavicórnea, com equipamento para detecção e combate a incêndios, acoplado.
é preciso acreditar nas novas técnologias!

20 de setembro de 2010 às 17:51  
Blogger José Batista said...

Uma minha amiga algarvia, a viver em Beja, constuma dizer que isto está uma "cabranada". Pelos vistos há cabranadas caras. Ai não, que a coisa deve dar muito trabalho e por isso é preciso pagá-la...
Já há aviões e helicópteros e carros de bombeiros e despesas de actuação e de manutenção, e técnicos e sapadores e tantas e tantas coisas que, quando as temperaturas sobem aos 35º ou mais, não servem para quase nada...
A nossa floresta parece ser coisa impossível de ordenar. As fracções do estado estão tão más ou piores do que as dos particulares. E as preocupações com os fogos parecem só despertar a partir de meados de Julho...
Não seria possível, pelo menos, criar legislação que permita que qualquer pessoa possa mandar cortar pinheiros e/ou eucaliptos que cresçam nas vizinhanças da sua habitação, num determinado raio, de 80, 100 metros ou o que for necessáro? E por que é que no fim do inverno e na primavera os sapadores e corpos de bombeiros, conjugados com as autarquias, não usam fogo controlado para eliminar os matos junto das povoações, num perímetro legalmente estipulado, podendo também, nesse caso, cortar, em proveito das acções de prevenção, as árvores resinosas ou os eucaliptos dessas áreas?
Será que é impossível?
Ou vamos arder todos os anos?

20 de setembro de 2010 às 20:03  
Blogger Bmonteiro said...

Ficção deste Verão, para 2011:
(p/Batista, Tavira?)
...
Quartel-General da Protecção Civil – um comando operacional conjunto instalado numa base da Força Aérea no centro-norte do país e dotado de um estado-maior predominantemente militar é instalado durante o mês de Maio. Vai accionar, dirigir e controlar a totalidade dos meios de combate a incêndios, com os meios aéreos civis actuando de forma integrada com os meios da FA e sob seu controlo.
BMonteiro

20 de setembro de 2010 às 21:36  
Blogger Bmonteiro said...

Vigilância do território – meios ligeiros da Força Aérea entre Maio e Setembro: a) uma vigilância sectorial do território, levando a bordo um elemento qualificado da ANPC/Bombeiros; b) após detecção do início de um incêndio florestal, um dos meios aéreos atribuídos constitui um Posto de Comando Aéreo de modo a orientar e dirigir as acções dos grupos de bombeiros presentes no terreno – Gerês, 2010, um local: «ainda ontem tive de levar os bombeiros até ao fogo: eles não são de cá e não conhecem os caminhos» (DE,14Ago).

20 de setembro de 2010 às 21:36  
Blogger Bmonteiro said...

Limpeza dos terrenos – a) zonas de mato e floresta de há muito abandonadas pelas populações, dispõem de faixas de terreno limpas, de modo a dificultarem a propagação das chamas e facilitar o combate aos fogos; b) os meios urbanos junto de manchas florestais foram objecto da atribuição de perímetros de segurança, com a limpeza integral dos terrenos ali incluídos; depósitos de água a céu aberto, foram objecto de limpeza e abastecimento de água.
Em acampamentos montados pelo Exército, apoiados pela GNR e bombeiros locais, grupos de voluntários recrutados entre a população prisional e incluindo locais da região desempregados, decorrem trabalhos de limpeza florestal e preparação dos pontos de água existentes.

20 de setembro de 2010 às 21:37  

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