A deputada que faz "Apanhados"
Por Ferreira fernandes
É COSTUME dizer que os deputados são o povo, mas seria mais correcto dizer "os deputados é o povo" - no singular, para sublinhar quem é o sujeito. Ser o povo é de uma importância do caraças. É diferente de ser do povo, que bem pode não ser importante. Por exemplo, aquele meu camarada do Tal & Qual que um dia se sentou na bancada do PSD para testar se davam por ele, estava a fazer uma brincadeira popular. Se nós do povo não podemos nem fazer uma laracha de vez em quando... Deram por ele, o olho de lince de Conceição Monteiro, antiga secretária de Sá Carneiro e conhecedora do PSD como ninguém, deu pelo jornalista onde não devia e expulsou-o. Nesse dia, o PSD ficou bem na fotografia.
Anteontem, a deputada Joana Lopes ficou mal, foi do povo, e não o povo. Ela estava na comissão parlamentar de Saúde, ouvindo o presidente do INEM, e disse que os dela, do PSD, tinham telefonado para o 112 testando o tempo de atendimento que o INEM pretendia ser de X. "Pois é de X+Y!", disse Joana Lopes triunfante. Mostrou ignorância sobre o assunto, pois os tempos de atendimento do INEM não são os mesmos dos do 112. E, sobretudo, mostrou ignorância sobre o que é ser o povo. O povo (os deputados) não testa brincadeiras: manda o INEM dar os dados exactos e se não acredita neles manda até que eles sejam exactos.
Se Joana Lopes quer ser só do povo, ressuscite o T&Q (que bem falta faz, aliás) e vá testar a segurança do aeroporto com uma falsa bomba.
«DN» de 5 Ago 11É COSTUME dizer que os deputados são o povo, mas seria mais correcto dizer "os deputados é o povo" - no singular, para sublinhar quem é o sujeito. Ser o povo é de uma importância do caraças. É diferente de ser do povo, que bem pode não ser importante. Por exemplo, aquele meu camarada do Tal & Qual que um dia se sentou na bancada do PSD para testar se davam por ele, estava a fazer uma brincadeira popular. Se nós do povo não podemos nem fazer uma laracha de vez em quando... Deram por ele, o olho de lince de Conceição Monteiro, antiga secretária de Sá Carneiro e conhecedora do PSD como ninguém, deu pelo jornalista onde não devia e expulsou-o. Nesse dia, o PSD ficou bem na fotografia.
Anteontem, a deputada Joana Lopes ficou mal, foi do povo, e não o povo. Ela estava na comissão parlamentar de Saúde, ouvindo o presidente do INEM, e disse que os dela, do PSD, tinham telefonado para o 112 testando o tempo de atendimento que o INEM pretendia ser de X. "Pois é de X+Y!", disse Joana Lopes triunfante. Mostrou ignorância sobre o assunto, pois os tempos de atendimento do INEM não são os mesmos dos do 112. E, sobretudo, mostrou ignorância sobre o que é ser o povo. O povo (os deputados) não testa brincadeiras: manda o INEM dar os dados exactos e se não acredita neles manda até que eles sejam exactos.
Se Joana Lopes quer ser só do povo, ressuscite o T&Q (que bem falta faz, aliás) e vá testar a segurança do aeroporto com uma falsa bomba.
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