«Senhoras e senhores...»
ENTRE nós, a mesma mulher pode ser tratada por «Maria», «Menina Maria», «Senhora Maria», «Senhora Dona Maria», etc.
No que toca aos homens, há também uma infinidade de tratamentos possíveis – pelo que, à míngua de argumentos, os mais fracos de espírito atacam os adversários jogando com os nomes e as palavras por tão inteligente e subtil forma.
E foi assim que tivemos o Presidente do Governo Regional da Madeira a referir-se ao Primeiro-Ministro José Sócrates como «o Senhor Sousa» (e ao Presidente da República como «o Senhor Silva»!), João Soares a falar de Santana Lopes como sendo «o Senhor Lopes», Teresa Caeiro a dirigir-se a Alfredo Barroso (na SIC-N) em termos de «Senhor Alfredo», e por aí fora.
Angela Merkel, na boca e na pena dessa gente, também leva sempre com o «Senhora» colado ao apelido – o que já não sucede quando está em causa a Rainha de Inglaterra, a ‘presidenta’ do Brasil, a da Argentina…
De facto, não há pachorra.
4 Comments:
Deixe, caro Medina
Até podemos levar para a graça (com ou sem ela...)
Eu, por exemplo, não consigo deixar de sorrir quando oiço ou vejo escrito "presidenta".
Mas, se a senhora se contenta, pois que lhe chamem presidenta, que não aquenta nem arrefenta, e até talvez venha ao encontro dos "acordistas" (legítimos ou nem tanto) da língua, os quais parecem tê-la tomado como propriedade sua.
Deixá-los com a importância que (julgam que) têm.
E riam-se as gentes.
E andemos nós contentes (e contentas?...).
Se os impostos deixarem...
A lógica do "presidenta" levar-nos-ia a tratar as mulheres-polícia por "agentas"...
Cuidado, amigo Medina: não dê sugestões.
Dilma Rousseff faz questão de ser tratada por presidenta. :-)
Depois aparecem as piadas, como esta,
in blogue http://folhasdecampomaior.blogspot.de/2011/12/presidente-dilma-rousseff-quer-ser.html,
“A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta.
"
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