Estar 'in' parecendo 'off'
Por Ferreira Fernandes
O RELVAS passou uma rasteira ao PS, ofereceu um altifalante ao opositor interno de Seguro. O Tó Zé está nas suas sete quintas, o "outro" é só comentador e ele continua comentado. Os das petições contra um programa de Sócrates estão contra. Os das petições a favor, a favor. Os do Governo, atrapalhados, precisam de factos políticos para fazer esquecer os factos. Os do Governo, confiantes, não receiam o "animal político". Se isto correr mal para o Governo, a previsão do convite foi do Gaspar. Se correr bem, corre certamente mal para o Seguro, o que talvez seja bom para o Governo, mas acaba por ser bem pior, porque correu bem a Sócrates.
Qual Governo-Oposição, Acordo Ortográfico-Vasco Graça Moura, Porto-Benfica, qual quê, a partir de agora será o confronto de shares: Marcelo-Sócrates... E é justamente esta última frase que nos leva ao essencial. Que não é o manancial de opiniões desencontradas de ontem, algumas das quais lembrei antes. O País apaixonou-se por um facto menor. Apaixonou-se por causa do sujeito do facto, José Sócrates, o mais detestado e amado político da última década. Mas o assunto é o facto, que é menor, e não o sujeito que vai agir nele. Vamos, pois, ter mais um político a debitar a semana, in a fazer de conta que está off, e com um pau de cabeleira a dar-lhe corda. Uma especialidade portuguesa que está para a informação como as conferências de Blair ou de Aznar estão para a ciência política. Já bocejo
«DN» de 22 mar 13 Etiquetas: autor convidado, F.F
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