4.3.13

Ruy Belo

Por Alice Vieira 
CONHECI o Ruy Belo quando ambos entrámos para a Faculdade de Letras de Lisboa, em 1961. 
Eu era uma jovem ainda a cheirar à infância do liceu; ele, dez anos mais velho, já tinha uma série de cursos no currículo, um doutoramento feito em Roma, um livro de poemas publicado. 
A princípio fazia-me confusão que uma pessoa como ele ainda insistisse em estudar mais, e se tivesse de novo matriculado numa faculdade, e andasse ali junto dos caloiros (e todos juntos estaríamos quando, pouco tempo depois, rebentou a greve académica, que nos uniu ainda mais.)  (...)
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