O regabofe nacional…
Por Antunes Ferreira
ESTAMOS em pleno regabofe nacional. Esta é a maior crise que
este triste País desde a de 1385 até à de 1640 e depois 1755, e ainda depois
as invasões napoleónicas, a que se seguiram as disputas entre liberais e miguelistas,
não contando com o regicídio que originaria o 5 de Outubro, para terminar com a
ditadura salazarista acompanhada pelo último estertor marcelista. E agora
atinge-se o cume da parvoíce, da parolice, do crime.
Já nem quero falar de casos escabrosos como o do Relvas que
se intitulava licenciado, apesar de ter feito uma meia cadeira ou coisa que o
valha. Esse já passou, ou melhor não passou; o anedotário a propósito do fulano
está repleto. A última que me foi enviada resumo-a rapidamente.
Relvas, como a todos
acontece, chegou às portas do Céu. S. Pedro foi recebe-lo: olha o nosso amigo
Relvas. Estávamos ansiosos à sua espera. Você um gajo porreiro, tirou um curso
superior com 4 anos. Olhe amigo Relvas posso dizer que o que realmente você é,
é um intelectual. E o Relvas um tanto enfiado: pois… Nós temos um lugar próprio
só para intelectuais, mas mesmo intelectuais escolhidos a dedo. São apenas
quinze. Vou leva-lo lá.
O Relvas ficava
portanto e como rigorosa excepção com o 16. No fim-de-semana, como sempre fazia,
S. Pedro foi dar uma volta pelo Céu para ver se estava tudo bem… E quando passou pelos
16 intelectuais viu o Relvas a conversar com outro intelectual. S. Pedro,
curioso, pôs-se a escutar. E o outro senhor: meu caro amigo, eu não quero de
modo nenhum criticá-lo. Quero somente aconselhá-lo; e o Relvas, faça favor.
Mas, parecia-lhe que esse senhor tinha uma face especial; parecia-lhe um
chinês, um japonês, um coreano, mas ficou à espera que o outro intelectual lhe
dissesse alguma coisa.
Este disse-lhe então:
são três as razões que me levam, apenas, a dar-lhe um conselho. A primeira, as
Epistolas não são as mulheres dos Apóstolos. A segunda, um galão não é um galo
grande, é um copo de leite com café, e que se toma normalmente ao
pequeno-almoço. A terceira, e aí o dito senhor agarra Relvas pelas bandas da
túnica e berra: Ó seu filho da p… Eu não me chamo Pafúncio! Eu chamo-me
Confúcio!
Esta é uma triste imagem do Portugal que se vai à vela.
Piores, há muitas outras desde o (des)Governo até ao apelidado de Presidente da
República (?) que, depois de ter dito muitas e continuadas asneiras, na
Assembleia da República fez um discurso
a propósito do 25 de Abril que só veio provar que o homem está doente, muito
doente, muitíssimo doente! Até os cravos que ornamentavam a mesa da Presidência
do Parlamento caíram!...
Etiquetas: AF
1 Comments:
Este Antunes Ferreira é o Henrique?
Enviar um comentário
<< Home