Apontamentos de uma cidade desumana
Não é difícil adivinhar 'o que' está dentro do embrulho de plástico preto que se vê em 1.º plano:
um sem-abrigo, às 11h de uma 3ª-feira (22 Out 13), numa paragem da Carris, no Saldanha...
um sem-abrigo, às 11h de uma 3ª-feira (22 Out 13), numa paragem da Carris, no Saldanha...
Afixado por: Carlos Medina Ribeiro às 12:24
3 Comments:
Lisboa, capital de turismo. Terra de liberdade.
Indigno num país que fosse decente.
Provavelmente, com a crise, o número de sem-abrigo aumentou muito. Mas o mais espantoso, em Lisboa, é que deixaram de se esconder em lugares esconsos e só de noite. Ou seja: é como se a sua miséria envergonhada estivesse a dar lugar a uma ostensiva manifestação.
Vêem-se agora, bem à luz do dia, em lugares centrais como este e outros que aqui tenho mostrado (Entrecampos, Alvalade, Campo Pequeno, Av. da Liberdade, Terreiro do Paço, Praça da Figueira, Ribeira das Naus...).
Em termos do apoio que seria possível (e urgente) dar a esta gente, os poderes públicos são absolutamente ausentes.
Julgo que a autarquia teria algo a fazer. Mas os nossos autarcas só são bons para rotundas, túneis e terminais de cruzeiros.
Além de que - e isso parece evidente - não andam a pé nas ruas, vivendo como que num mundo à parte.
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