TRABALHADOR ESTUDANTE (2)
Por A. M. Galopim de Carvalho
NESTA actividade que se prolongou por todo o ano de 1959, houve uma situação, deveras insólita que retive bem viva na memória e que, um qualquer doente de parcas posses que, por razões de urgência, se vê forçado a recorrer à medicina privada, tem dos médicos uma imagem pouco edificante, nem sempre justa, de uma profissão, para alguns, altamente rentável.
Um primo meu, camionista de pesados que, pelas ditas razões, trocara o hospital pelo consultório do especialista na capital, tinha essa imagem bem metida na cabeça. Nas muitas vezes que vinha buscar ou trazer cargas a Lisboa e que nos juntávamos para almoçar, relatava-me os seus problemas de saúde e o rombo que isso lhe dava no seu magro salário, tratando todos os médicos por “tubarões de bata branca”.(...)
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