Portugal à deriva
Por C. Barroco Esperança
Portugal é uma espécie de navio Costa Concordia que se encaminha
para o desastre, em velocidade de cruzeiro, com um Francesco Schetino a
dirigi-lo ao naufrágio, não na ilha de Giglio, nos obstáculos da União
Europeia, no tempo que decorre da dissolução ética do Governo até à
dissolução obrigatória da A. R..
Aqui não é o amor que perde o casto comandante, é o medo de enfrentar o Governo, na sua imutável servidão, preso na rede dos interesses partidários. Prefere trocar encómios com o seu homólogo Hollande, numa metáfora perfeita de dois erros de casting.
Após os solavancos do Concordia, perante a incúria de Schetino, 32 viajantes perderam a vida no naufrágio. Em Portugal, com o mar agitado, o capitão adivinha odor eleitoral quando o Citius aborta, a colocação de professores gera desordem, o PM, que assessora, finta a S. S., e a ministra das Finanças ignora a lista VIP criada nas madraças do partido cujos tentáculos confiscaram o aparelho de Estado. Nas trapalhadas governamentais há sempre um expedito diretor-geral lesto a pedir a demissão.
Em Portugal, o timoneiro, privado de bússola, deu posse à ministra das Finanças de um ex-Governo, donde saíra um partido e o ministro irrevogável, com a mesma displicência com que abençoou Orçamentos inconstitucionais. O País é o navio batido pelo vendaval da dívida imparável, o desemprego endémico e a emigração jovem.
Na ‘zona de conforto’ restam esta maioria, este governo e este PR, confiantes em que os portugueses seguirão o destino dos 32 passageiros do Concordia sem um queixume, sem sobressaltos cívicos, até ao último dia, quando o próximo governo herdar o País esvaído com um orçamento feito por este governo, aprovado por esta maioria e promulgado por este PR. Antecipar eleições, uma exigência ética e política, é recusado por quem servirá o cálice de veneno, até à derradeira gota, a dois e meio milhões de pobres.
O PM, hábil a abrir portas, para a Tecnoforma e para os amigos, finge ser o salvador da Pátria, com os ‘cofres cheios’, de empréstimos a juros, usando a linguagem salazarista, sem perceber que a dívida não parou de subir durante o seu consulado.
«O país está melhor, os portugueses é que estão pior», diz na sua desfaçatez quem julga que o País são eles.
Aqui não é o amor que perde o casto comandante, é o medo de enfrentar o Governo, na sua imutável servidão, preso na rede dos interesses partidários. Prefere trocar encómios com o seu homólogo Hollande, numa metáfora perfeita de dois erros de casting.
Após os solavancos do Concordia, perante a incúria de Schetino, 32 viajantes perderam a vida no naufrágio. Em Portugal, com o mar agitado, o capitão adivinha odor eleitoral quando o Citius aborta, a colocação de professores gera desordem, o PM, que assessora, finta a S. S., e a ministra das Finanças ignora a lista VIP criada nas madraças do partido cujos tentáculos confiscaram o aparelho de Estado. Nas trapalhadas governamentais há sempre um expedito diretor-geral lesto a pedir a demissão.
Em Portugal, o timoneiro, privado de bússola, deu posse à ministra das Finanças de um ex-Governo, donde saíra um partido e o ministro irrevogável, com a mesma displicência com que abençoou Orçamentos inconstitucionais. O País é o navio batido pelo vendaval da dívida imparável, o desemprego endémico e a emigração jovem.
Na ‘zona de conforto’ restam esta maioria, este governo e este PR, confiantes em que os portugueses seguirão o destino dos 32 passageiros do Concordia sem um queixume, sem sobressaltos cívicos, até ao último dia, quando o próximo governo herdar o País esvaído com um orçamento feito por este governo, aprovado por esta maioria e promulgado por este PR. Antecipar eleições, uma exigência ética e política, é recusado por quem servirá o cálice de veneno, até à derradeira gota, a dois e meio milhões de pobres.
O PM, hábil a abrir portas, para a Tecnoforma e para os amigos, finge ser o salvador da Pátria, com os ‘cofres cheios’, de empréstimos a juros, usando a linguagem salazarista, sem perceber que a dívida não parou de subir durante o seu consulado.
«O país está melhor, os portugueses é que estão pior», diz na sua desfaçatez quem julga que o País são eles.
Etiquetas: CBE
2 Comments:
Não vá ao médico, não!Isso é cegueira.
1º A ministra da justiça fez um trabalho excepcional. Tudo está a funcionar e não é o atrazo de 1 mês que invalida o projecto.
Recue no tempo e veja quantas obras e pontes (sete-rios, S.Isabel - Coimbra)etc, se atrazaram anos e com derrapagens sempre no dobro de milhões.
2º Ministra das finanças, excepcional, os cofres cheios para resolver sobressaltos, pois nós temos é dívida de 130mil milhões.Ela tem lugar em qq parte do Mundo. Cá perde dinheiro.
3º Finanças- não acha demasiado 140 pessoas de norte a sul irem à conta de Passos Coelho? Uma lista VIP da sua rua, do padeiro do segurança , do caixa,do electricista,da enfermeira, etc, seria assim tão interessante?
Seja honesto consigo próprio, o que os funcionários fizeram é crime.Isso interessa ao PS pq não tem assunto.
4º a situação que correu pior foi a educação. A programação falhou. Dir-lhe-ei que os concursos sempre tiveram problemas, além disso não queira que haja lugar para todos há + de 10 escolas a formar professores. Não há alunos.
Quando o incompetente ACosta governar verá as maravilhas.
Cumprimentos
Este comentarista precisa de mudar de lentes.
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