Luz - O rio Douro, na Régua.
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O rio corre da esquerda para a direita da fotografia. Ao fundo, aquele monte, na minha juventude, estava quase desabitado. Em baixo, ficavam Godim, os Quatro Caminhos e o Salgueiral. A estrada continuava para a Rede, Mesão Frio, Amarante e o Porto. Lá em cima, ficavam Fontelas, Loureiro e uma mão cheia de lugares. Hoje, já se pode ver a urbanização a subir pela montanha fora. A beleza da paisagem não é a primeira realidade a ser preservada! Na imagem, percebe-se como o rio dá uma curva enorme para a esquerda, em direcção a Resende, Caldas de Aregos, Entre-os-Rios, Castelo de Paiva e até ao Porto. Esta curva e esta paisagem foram festejadas por Ramalho Ortigão, num seu escrito incluído nas “Farpas”. Dormiu lá em cima, numa quinta de gente amiga. De manhã, ao acordar, deparou-se com esta mesma paisagem (vista ao contrário) e ficou extasiado! Talvez hoje, com as construções, o casario, as torres e os prédios, não tivesse o mesmo espanto. Mas o vale do Douro e a curva do rio ainda lá estão para nos fazer reter a respiração! (2014)
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