19.1.16

CATASTROFISTAS, CRIACIONISTAS E UNIFORMITARISTAS

Por A. M. Galopim de Carvalho 
O catastrofismo, às vezes referido por teoria catastrofista ou das revoluções, surgiu da obra e no pensamento de Georges Cuvier (1769-1832) para, ao gosto da crença no Dilúvio de Noé, explicar as mudanças abruptas ocorridas no decurso da história da Terra. Este naturalista, Jean Leopold Nicolas Fréderic Cuvier, de seu verdadeiro nome, verificou a existência de descontinuidades importantes e bruscas nas faunas, hoje referidas por “extinções em massa”, que interpretou como catástrofes, após as quais eram criadas novas faunas que viveriam até à sua extinção, numa nova catástrofe. Esta teoria, que marcou grande parte do pensamento geológico até meados do século XIX, explicava não só as citadas descontinuidades faunísticas, mas também as alterações ocorridas na Terra como tendo sido causadas por acontecimentos súbitos e catastróficos, principalmente inundações (responsáveis pela ocorrência de fósseis marinhos em regiões muito afastadas do mar) que alguns aceitavam como castigos ditados pelo divino Pai. (...)
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