6.5.16

Sem Emenda - As Minhas Fotografias

Na esplanada da La Défense, Paris – Um senhor telefona na imensa esplanada diante de “La Grande Arche de La defense”. Do Grande Arco, apenas se vê, à direita nesta imagem, o início de uma parede lateral. A escadaria, em primeiro plano, é da entrada para a estação de comboio e metropolitano. Arco, esplanada e grandes arranha-céus fazem parte de um imenso conjunto dito Bairro de Negócios de La Défense, construído nos anos oitenta e noventa no seguimento da grande avenida que parte dos Campos Elísios. Um percurso, uma espécie de Eixo Monumental Parisiense, ficou desenhado desde esta esplanada até ao Arco do Triunfo, ao Louvre e à Concórdia. A inauguração do Arco serviu para marcar os aniversários da Revolução francesa, da Torre Eiffel e da Declaração dos Direitos do Homem. Eram tempos das grandes obras de Mitterrand. Era mania bem francesa: no melhor estilo dos Faraós, os Presidentes tinham de realizar, durante os seus mandatos, uma “Grand oeuvre”. Coisa estranha, entre a arte, a alquimia, a maçonaria, a política e a obra de engenharia. Foram os “Grands travaux de Mitterrand”. Para ficar na história. 
DN, 1 de Maio de 2016

3 Comments:

Blogger SLGS said...

Não discuto a argumentação mas parece-me que com esta imagem (foto) está muito mal ilustrada.

6 de maio de 2016 às 15:49  
Blogger Ilha da lua said...

Nem sempre é fácil compreender como um artista(neste caso o fotógrafo) olha para a realidade.

6 de maio de 2016 às 21:57  
Blogger José Batista said...

Mitterrand tinha tanto de manhoso como de ambicioso. Queria ficar na história e ficou formalmente. Não me parece que tenha ficado por motivos grandiosos. E obras como o arco de "la defense" têm tanto de grandes como de desgraciosas. Nenhuma beleza ficou oculta com a fotografia publicada, a qual até evita o choque desagradável da desproporção...
São marcas com que alguns líderes procuram fugir à rasura inexorável e merecida da seta do tempo.

7 de maio de 2016 às 22:27  

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