29.9.16

Vitórias e derrotas

Por C. Barroco Esperança 
Não há vitórias eternas, nem derrotas definitivas. O processo de acumulação do capital levou à concentração da riqueza em cada vez menor número de pessoas. Há de atingir um ponto de fratura.
 Os tempos que correm, no dealbar da quarta revolução industrial, em que pela primeira vez os postos de trabalho destruídos são em maior número do que os criados, com robôs capazes de substituírem as pessoas, não tem uma resposta política para os desequilíbrios criados, e acentuados pela incontrolável explosão demográfica mundial.
Pelo contrário, com a multidão crescente de desocupados, exige-se a quem tem emprego que aumente a frequência, duração e intensidade do trabalho, fruto da ganância de quem acumula capital e do desespero do número crescente de marginalizados.
 Não é apenas a riqueza que urge distribuir, é o próprio trabalho e a sua retribuição, pois acabará por ser insustentável que não se dividam ambos, para maior equilíbrio social.
 Só existe uma situação em que os ricos arriscam tanto quanto os pobres, perdendo o que têm, seja pouco, muito ou nada, e a própria vida. É numa situação de guerra. E este é o cenário previsível na espiral que juntará os conflitos regionais num único e catastrófico.
 Falhadas, ao longo da História, as posições conservadoras, parece um contrassenso que a deriva reacionária, xenófoba e nacionalista conquiste tão vastas camadas da população mundial. 
 As sementes lançadas por Bernie Sander nos EUA, durante a campanha presidencial, e a recente vitória da reeleição do líder trabalhista, Jeremy Corbyn, com 61,8% dos votos dos militantes, abrem uma oportunidade para o combate ideológico contra o imparável êxito com que o ultraliberalismo ameaça a Humanidade. A próxima batalha é favorável ao último, mas não há vitórias eternas, e só se dececionam os cobardes que desistem de lutar. 
 Ponte Europa / Sorumbático

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1 Comments:

Blogger opjj said...

Só um cego não vê que quanto mais ricos houver menos pobres haverá. O contrário é igualar todos na pobreza. São os países mais ricos que têm menos pobreza.Não invejo os ricos. Todos têm liberdade e a possibilidade de serem ricos e empreendedores e arranjarem muitos empregos.
V.Exª acha-se com muitas qualidades pelo que escreve. Mostre essas qualidades com práticas e não critique Belmiros e outros.

29 de setembro de 2016 às 19:04  

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