4.9.19

No "Correio de Lagos" de Ago 19

É raro o mês em que não temos a lamentar o desaparecimento de árvores na cidade — ou porque caem ao menor sopro de vento, ou porque são cortadas sob os mais variados motivos e pretextos. No que respeita às do Parque da Cidade, que “morrem como tordos”, o caso mais frequente relaciona-se com a rega de superfície, dado que a água é absorvida pela relva, não se infiltrando na terra, o que desincentiva as raízes a crescer.

Mas, e para além das incansáveis motosserras, há outros motivos para o desastre, como aqui mostrámos, em Abril de 2017: tratava-se de um pinheiro adulto, vizinho deste, onde era visível o motivo da sua morte: raízes curtas e enrodilhadas— que é o que sucede às das árvores que estão demasiado tempo nos viveiros, em vasos que as impedem de se desenvolverem.
Desta vez, quando vimos por terra o mais belo pinheiro do Parque, ainda pensámos que talvez uma grua lhe pudesse acudir, endireitando-o, mas o que lá apareceu, dois dias depois, foi um camião-grua para levar a “lenha” — ostentando, nas portas, a divisa “Município de Lagos + Sustentável”...
Como alguém disse: «Só não vamos legar às gerações futuras um mundo sem árvores, porque, num mundo sem árvores, não haverá gerações futuras». Mas, na nossa sociedade egoísta e imediatista, quem é que se preocupa com isso?!

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