9.7.21

VIVA O HÓQUEI EM PATINS

Por Joaquim Letria

No futebol já fomos. Vamos agora ver o que conseguimos nas Olimpíadas no Japão nas modalidades a que a gente se sujeite. Uma, em que fomos campeões do Mundo, da Europa e tudo o mais que havia para ganhar é que a gente se não sujeita porque mais uma vez o COI (Comité Olímpico Internacional) não a reconhece e não nos deixa mostrar o que valemos, apesar de já termos valido muito mais. Mas deixam o hóquei no gelo pertencer aos Jogos Olímpicos de Inverno e ser jogado à paulada.

Mas quero referir-me ao Hóquei em patins. Eu ainda sou do tempo do Jesus Correia e Correia dos Santos, Raio, Edgar e outros mais modernos como Adrião, mas hoje em dia temos uma equipa cujos nomes podemos não reconhecer mas é gente capaz de dar cartas. Nos Jogos Olímpicos, apesar de aceitarem quase tudo desde jogos de praia e dança de rua é que não aceitam o hóquei em patins.

Nós somos muito bons em algumas coisas, como a Telma Monteiro demonstra, mas bons de verdade, com a bandeira a tremelicar, o hino a tocar e as lágrimas nos olhos e o mundo a ver fomos com a Rosa Mota e o Carlos Lopes que correram na estrada num desporto de africano que nem precisa de dirigentes. Eu compreendo que o hóquei em patins é muito complexo: exige mecânicos, preparação física, direcção técnica, directores, células foto-eléctricas que não deixem que existam erros quando as bolas passam ou não passam as linhas de golo.

Não percebo a razão de não aceitarem o hóquei em patins e o vólei de praia ser aceite como desporto olímpico, apesar de ser um passatempo para entreter tuaregues a descansar no oásis e a treinar os pobres dos camelos antes de partirem para nova etapa da caravana.

Publicado no Minho Digital

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