18.1.05

Os intelectuais e os «nem-por-isso»...

É típico dos medíocres não gostarem de críticas ao que fazem ou dizem.

Quando muito, divagam acerca das DESTRUTIVAS e das CONSTRUTIVAS, fazendo o favor de aceitar as segundas:
«Este crítico compreende como sou bom, e quer ajudar-me a ser ainda melhor!»

Caso paradigmático é o que se passa com os cantores-pimba, que costumam dizer que, se o público gosta, é porque a música é boa.

Mas há também a variante dos políticos (como Fátima Felgueiras, Alberto João Jardim e George W. Bush), que argumentam que, se ganham eleições, é porque têm razão em tudo.

Esse "raciocínio" - que é o melhor que essas cabecinhas conseguem segregar... - costuma vir associado a catilinárias sobre os "intelectuais", substantivo que usam com sentido pejorativo - como recentemente fez Morais Sarmento.

E isso leva-nos a uma conclusão divertida:

Sendo um "intelectual" alguém que "trabalha com o intelecto" (ou seja, que utiliza o cérebro no seu dia-a-dia), o que pensar dos que recorrem a esse facto para atacar outros?

Se calhar, num dos raros dias da sua vida em que consultaram um dicionário, esses anti-intelectuais leram que "PENSAR" (também) significa "DAR O PENSO OU RAÇÃO AO GADO"...