31.1.05

Os tipos dos logótipos - 1


Porque será que a Mercedes, a Shell ou o PCP não mudam de logótipo de vez em quando - nem dão mostras de o quererem fazer?
Por vários motivos, que vão desde a imagem até à economia, pois o mais elementar bom-senso recomenda que se preserve algo que deu trabalho a criar e a tornar conhecido.

Outro tanto não pensam a Galp, a EDP e - agora e mais uma vez! - a TAP, que já vai no quinto (1945, 1947, 1954, 1979, 2005...).

No caso das duas últimas, também é alterada a designação da empresa. Como é evidente, há alguém que vai pagar isso, e todos sabemos quem é...

No entanto, e curiosamente, há quem lhes devesse seguir o exemplo e não o faz.

Refiro-me à PGA-Portugália:

Não será de mau gosto que uma empresa de aviação tenha, como símbolo, duas torres gémeas a desabar, e ainda por cima com uma GRANDE explosão no meio?!

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Da mesma forma que um aeroporto neste País tem o nome de um certo político que morreu... num desatre de avião!

José Santos

31 de janeiro de 2005 às 21:51  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com a observação, sobretudo quando aplicada à EDP, que já vai na segunda alteração em poucos anos, cada qual a pior.

O velho símbolo, bem sugestivo, como era o da faísca, foi primeiramente substituído por uma rodinha que parecia o logotipo da Samsonite e de várias outras marcas.

Agora, fizeram ainda pior, com um bonequinho tão patetinha, tão coitadinho. Tudo leva a crer que seja aquele sorriso de esguelha do próprio Talone ...

Assinado : Sokal

1 de fevereiro de 2005 às 05:44  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

E com o aumento de tarifas, o "sorriso" - pelo menos o dos clientes... - é AMARELO!

1 de fevereiro de 2005 às 08:26  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

O logótipo da Portugália ainda tem mais um requinte:

No meio, e a apanhar as duas torres ao mesmo tempo, está representado aquilo que parece ser uma enorme explosão...

1 de fevereiro de 2005 às 10:26  
Anonymous Anónimo said...

A propósito, já se resolveu aquele diferendo com uma empresa metalúrgica de Braga, sobre o alegado plágio do novo logótipo da EDP?

1 de fevereiro de 2005 às 10:33  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

RE: Ouvi qualquer coisa de género: «Não faz mal, pois não há confusão, dado serem empresas de ramos diferentes».

Na realidade, isso é frequente.

Nos EUA, por exemplo, pode até haver empresas do mesmo ramo e com o mesmo nome desde que não façam concorrência entre si - por estarem muito distantes.

Mas foi em Portugal, no tempo do PREC, que sucedeu o mais incrível:

O MRPP registou a foice-e-o-martelo, e o PCP contestou.
O tribunal que apreciou a queixa decidiu que não havia qualquer possibilidade de confusão.

Mas o certo é que houve: as acções do MRPP eram apresentadas no estangeiro acompanhadas do respectivo símbolo, e com a indicação (ou sugestão) de que se tratava de actos do PCP.

1 de fevereiro de 2005 às 10:42  
Anonymous Anónimo said...

Ainda hoje, à conta dessa "brincadeira" dos Meninos Rabinos que Pintam Paredes (e antes era com o PSR, quando este tinha como símbolo a foice e o martelo com o "4" da IV Internacional), há muita malta que, desconhecendo a existência de uma coligação, ou mesmo por pura distracção, vota neles julgando estar a votar PCP... Por isso, não é de admirar que ainda consigam ter resultados relativamente "elevados", especialmente em certas regiões.

José Santos

1 de fevereiro de 2005 às 12:01  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Exactamente.
A intenção do tal juiz não deve ter sido inocente - mas precisamente essa.

1 de fevereiro de 2005 às 17:20  
Anonymous Anónimo said...

O truque é velho e de resultados garantidos - pelo menos durante algum tempo.
Santana Lopes fez o mesmo, ao fazer e desfazer ministérios, mudar nomes, decretar localizações e deslocalizações:
Enquanto a rapaziada reciclava tabuletas, cartões-de-visita e papel timbrado, o nosso homem ganhava fôlego - se bem que o que depois fez com esse fôlego não tenha ponta-por-onde-se-lhe-pegue...
Da mesma forma, se eu fosse posto à frente de uma empresa e ficasse a olhar para ela "como um boi para um palácio", também começava por fazer isso:
Mudava o logótipo!

2 de fevereiro de 2005 às 19:21  

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