Os tipos dos logótipos - 1
Porque será que a Mercedes, a Shell ou o PCP não mudam de logótipo de vez em quando - nem dão mostras de o quererem fazer?
Por vários motivos, que vão desde a imagem até à economia, pois o mais elementar bom-senso recomenda que se preserve algo que deu trabalho a criar e a tornar conhecido.
Outro tanto não pensam a Galp, a EDP e - agora e mais uma vez! - a TAP, que já vai no quinto (1945, 1947, 1954, 1979, 2005...).
Outro tanto não pensam a Galp, a EDP e - agora e mais uma vez! - a TAP, que já vai no quinto (1945, 1947, 1954, 1979, 2005...).
No caso das duas últimas, também é alterada a designação da empresa. Como é evidente, há alguém que vai pagar isso, e todos sabemos quem é...
No entanto, e curiosamente, há quem lhes devesse seguir o exemplo e não o faz.
Refiro-me à PGA-Portugália:
Não será de mau gosto que uma empresa de aviação tenha, como símbolo, duas torres gémeas a desabar, e ainda por cima com uma GRANDE explosão no meio?!
9 Comments:
Da mesma forma que um aeroporto neste País tem o nome de um certo político que morreu... num desatre de avião!
José Santos
Concordo com a observação, sobretudo quando aplicada à EDP, que já vai na segunda alteração em poucos anos, cada qual a pior.
O velho símbolo, bem sugestivo, como era o da faísca, foi primeiramente substituído por uma rodinha que parecia o logotipo da Samsonite e de várias outras marcas.
Agora, fizeram ainda pior, com um bonequinho tão patetinha, tão coitadinho. Tudo leva a crer que seja aquele sorriso de esguelha do próprio Talone ...
Assinado : Sokal
E com o aumento de tarifas, o "sorriso" - pelo menos o dos clientes... - é AMARELO!
O logótipo da Portugália ainda tem mais um requinte:
No meio, e a apanhar as duas torres ao mesmo tempo, está representado aquilo que parece ser uma enorme explosão...
A propósito, já se resolveu aquele diferendo com uma empresa metalúrgica de Braga, sobre o alegado plágio do novo logótipo da EDP?
RE: Ouvi qualquer coisa de género: «Não faz mal, pois não há confusão, dado serem empresas de ramos diferentes».
Na realidade, isso é frequente.
Nos EUA, por exemplo, pode até haver empresas do mesmo ramo e com o mesmo nome desde que não façam concorrência entre si - por estarem muito distantes.
Mas foi em Portugal, no tempo do PREC, que sucedeu o mais incrível:
O MRPP registou a foice-e-o-martelo, e o PCP contestou.
O tribunal que apreciou a queixa decidiu que não havia qualquer possibilidade de confusão.
Mas o certo é que houve: as acções do MRPP eram apresentadas no estangeiro acompanhadas do respectivo símbolo, e com a indicação (ou sugestão) de que se tratava de actos do PCP.
Ainda hoje, à conta dessa "brincadeira" dos Meninos Rabinos que Pintam Paredes (e antes era com o PSR, quando este tinha como símbolo a foice e o martelo com o "4" da IV Internacional), há muita malta que, desconhecendo a existência de uma coligação, ou mesmo por pura distracção, vota neles julgando estar a votar PCP... Por isso, não é de admirar que ainda consigam ter resultados relativamente "elevados", especialmente em certas regiões.
José Santos
Exactamente.
A intenção do tal juiz não deve ter sido inocente - mas precisamente essa.
O truque é velho e de resultados garantidos - pelo menos durante algum tempo.
Santana Lopes fez o mesmo, ao fazer e desfazer ministérios, mudar nomes, decretar localizações e deslocalizações:
Enquanto a rapaziada reciclava tabuletas, cartões-de-visita e papel timbrado, o nosso homem ganhava fôlego - se bem que o que depois fez com esse fôlego não tenha ponta-por-onde-se-lhe-pegue...
Da mesma forma, se eu fosse posto à frente de uma empresa e ficasse a olhar para ela "como um boi para um palácio", também começava por fazer isso:
Mudava o logótipo!
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