Governos & Vassouras... Limitados
Todos estamos recordados do que se seguiu ao acidente na Refinaria de Leça, pouco depois de o último governo ter entrado em funções:
Assistimos, nessa altura ainda estupefactos, aos desencontros de Nobre Guedes, Santana Lopes e Álvaro Barreto, numa sucessão de afirmações contraditórias relativamente ao futuro das instalações - afinal, o paradigma do que viria a ser a actividade governativa.
Mas o certo é que o ministro do Ambiente conseguiu fazer passar a mensagem de que ia «combater os interesses»; e «Doa-a-quem-doer», claro, como é de norma proclamar-se em semelhantes gloriosos momentos. Por mim, pensei no velho ditado «Vassourinha nova varre bem a casa» e fiquei a ver o que ia sair dali.
Mais tarde, veio a rábula das casas da Arrábida. Que eu saiba, quer essas, quer os milhares que envergonham o país, ainda estão de boa saúde, e Nobre Guedes acabou por ficar para a pequena-História essencialmente por ter assinado a autorização de abate de uns milhares de sobreiros (para viabilizar um emprendimento urbanístico) e por ter presenteado Coimbra com cartazes com um erro de ortografia.
Agora, é José Sócrates que ameaça «combater os interesses instalados», anunciando uma série de medidas de fácil aceitação popular e que já puseram aos pinotes os que vêem (ou julgam ver...) os seus privilégios ameaçados.
E foi no seguimento de tudo o que atrás se refere que resolvi ilustrar o tal aforismo da «vassourinha nova» com a imagem que em cima se vê.
É que a realidade pode ser muito diferente do anunciado quando as coisas começam a aquecer...
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