Boatos e "patos"
EM TEMPOS li um interessante livro intitulado «O boato, o meio de comunicação mais antigo do mundo» onde, entre muitas outros aspectos do fenómeno, se analisava o seu "funcionamento" e a sua "sobrevivência".
Antes do mais, um boato tem de ser minimamente credível - como dizer que Fulano (pessoa já de idade) tem uma doença grave, ou que Cicrano (que lida com verbas elevadas) desviou dinheiro.
Provavelmente, uma pessoa ligeiramente escrupulosa dirá, ao dar-lhe seguimento:
«Não sei se é verdade, mas ouvi dizer que...»; e lá vai ele, o boato! Verdadeiro ou não, isso não importa a quem o lança e muito menos a quem o ouve.
Depois, se parecer credível, ele andará, voará, e acabará por, no seu trajecto errático, tocar muitos do que o propagaram mesmo sem convicção - e é nessa altura, ao fechar-se o círculo, que tem lugar o clímax, a tão desejada confirmação-da-suspeita: «Também já ouvi! Então sempre era verdade!».
O boato sobrevive porque confere importância a quem o propaga, pois coloca essa pessoa na posição de saber o que os outros ainda não sabem.
Claro que o boato, como órgão-de-informação que é, sobreviverá enquanto houver gente pronta a acreditar em tudo - o que sucederá até ao fim-dos-tempos.
Querem apostar como haverá quem acredite se eu disser que o Pato Donald foi atacado pela gripe-das-aves?
(Imagem: www.ezthemes.com/previews/d/donaldtheme.jpg)
Antes do mais, um boato tem de ser minimamente credível - como dizer que Fulano (pessoa já de idade) tem uma doença grave, ou que Cicrano (que lida com verbas elevadas) desviou dinheiro.
Provavelmente, uma pessoa ligeiramente escrupulosa dirá, ao dar-lhe seguimento:
«Não sei se é verdade, mas ouvi dizer que...»; e lá vai ele, o boato! Verdadeiro ou não, isso não importa a quem o lança e muito menos a quem o ouve.
Depois, se parecer credível, ele andará, voará, e acabará por, no seu trajecto errático, tocar muitos do que o propagaram mesmo sem convicção - e é nessa altura, ao fechar-se o círculo, que tem lugar o clímax, a tão desejada confirmação-da-suspeita: «Também já ouvi! Então sempre era verdade!».
O boato sobrevive porque confere importância a quem o propaga, pois coloca essa pessoa na posição de saber o que os outros ainda não sabem.
Claro que o boato, como órgão-de-informação que é, sobreviverá enquanto houver gente pronta a acreditar em tudo - o que sucederá até ao fim-dos-tempos.
Querem apostar como haverá quem acredite se eu disser que o Pato Donald foi atacado pela gripe-das-aves?
(Imagem: www.ezthemes.com/previews/d/donaldtheme.jpg)
3 Comments:
Acho lamentável que se brinque assim com um defunto, amado por milhões de pessoas. Sim, faleceu a semana passada em Moscovo, é verdade. Não de gripe mas de indigestão, quando saía de um MacDonnalds - que era, como se sabe, parente próximo do Donald. Paz ao pato. Não façam chicana com isso, tá bem??
Bem visto, Vera. God bless MacAmerica!
Cara Vera,
Acerca do que escreveu, veja, pf:
http://www.janelanaweb.com/humormedina/estulticio11.html
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