23.10.05

Um crime a propósito da Ota

COMO quase toda a gente, também eu recebi (e em várias versões!) um e-mail intitulado «Um crime na Ota», com um texto pretensamente da autoria de Miguel Sousa Tavares.
Já me referi a isso, cepticamente, no post http://sorumbatico.blogspot.com/2005/10/nova-corrida-nova-viagem.html , pois qualquer pessoa com dois dedos de testa teria a obrigação de perceber que, pelo menos a parte final (a referência a Mário Soares), não tem pés nem cabeça.
Já se sabe que na internet há um grande interesse por textos desse género (e quanto mais disparatados, melhor!); só é pena que não haja o mesmo interesse em tentar saber se são verídicos.

Aqui fica o desmentido de M.S.T:

NOTA 1 - Gostaria imenso de vir a saber que os amigos que me enviaram o referido e-mail deram igual divulgação a este texto.

NOTA 2 - Não foi Santana Lopes que disse a espantosa frase «Nunca leio desmentidos»?

NOTA 3 - Como muito bem sabe quem acompanha este blogue, não nutro grande entusiasmo pelo Dr. Mário Soares. Mas, como é evidente, não é isso o que está aqui em causa.

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Parabéns por este post!

D. Ramos

23 de outubro de 2005 às 12:07  
Anonymous Anónimo said...

A 1ª parte do artigo (supostamente do MST) até tem alguma lógica, pois compara o aeroporto de Málaga com o da Portela no aspecto dos respectivos alargamentos.

Mas a parte final sobre o Mário Soares só pode ter sido escrita por um imbecil e para ser lida por imbecis.
Só que a população de crédulos que navega na WEB parece ser infinita, sempre prontos a divulgar, sem qualquer crítica, tudo o que lhes metem pela boca abaixo.

(O melhor exemplo são os falsos-vírus, que toda a gente recebe, com a conversa «AVISE TODA A GENTE»!)

A solução de afixar a imagem do texto (com aqui se fez) parece-me muito mais séria. São estas pequenas coisas que dão credibilidade a um blogue.

E.R.R.

23 de outubro de 2005 às 12:20  
Anonymous Anónimo said...

Chama-se a isto honestidade intelectual. Parabéns.

23 de outubro de 2005 às 12:21  
Blogger SDF said...

Também recebi de várias fontes. E porque sou desconfiada por natureza, normalmente este tipo de correntes morrem à chegada ao meu email. E foi o que aconteceu a esta. Raramente dou seguimento a alguma e se o fizer, tento certificar-me primeiro da sua veracidade juntod e todas as fontes possiveis (existem hoje em dia vários websites que compilam hoaxes e mitos urbanos em listagens informativas).

Mas acho importantíssimo este tipo de post. Os blogs (ou os seus autores) também devem assumir este tipo de missão de esclarecimento e informação como parte das resposnabilidades inerentes aos seus conteúdos públicos de fácil acesso pelos internautas.

Parabéns ao CMR por este post, e com a sua licença, vou re-postar este post nomeu próprio blog para contribuir na divulgação desta informação e reposição das verdade dos factos.

Abraço fraterno!

23 de outubro de 2005 às 14:57  
Anonymous Anónimo said...

Realmente, eu sigo este blog e sei que não segues propriamente as linhas de Mario Soares, não me certifiquei se era verdade e reencaminhei a msg quando a recebi, mas tive o cuidado de rectificar o erro, enviando às pessoas o desmentido. Gostava de deixar um a parte, para a pessoa que escreveu em anonimato que diz que é um texto imbecil para ser lido por imbecis, então ele é um imbecil porque também o leu! O texto é imbecil, mas nem eu nem ninguém que o leu deve considerar-se um imbecil!

24 de outubro de 2005 às 09:44  
Anonymous Anónimo said...

Bernardo Moura,

Não tenho procuração dele, mas parece-me que, quando E.R.R. escreve «que o texto só pode ter sido escrito por um imbecil e para ser lido por imbecis»,

a frase deve ser interpretada assim:

«O autor do texto é um imbecil,não só pelo que escreveu, mas também por julgar que os leitores são tão idiotas como ele e vão acreditar no que diz».

Evidentemente, não é imbecil «quem lê», mas sim «quem lê e DIVULGA acriticamente, acreditando em tudo».

Eu tb recebi essa parvoíce e nem me passou pela cabeça divulgá-la.

24 de outubro de 2005 às 10:05  
Anonymous Anónimo said...

Caro Duarte Ramos,

Obrigado por se ter antecipado, «tirando-me as palavras da boca» (ou do teclado...)

Claro que é assim (como diz) que deve ser interpretada a minha frase.

BOLAS!! Mas qual é a dúvida?!!!!

Alguma vez se pode chamar imbecil a quem se limita a ler um disparate?

Francamente!

O autor do texto atribuído ao MST é que partiu do princípio que os leitores eram imbecis como ele.

Eu julgava ter sido claro.
Mas, se não o fui e o Bernardo Moura (sem razão) se ofendeu, que me desculpe!

E.R.R.

24 de outubro de 2005 às 10:21  
Anonymous Anónimo said...

E.R.R.

O seu texto era perfeitamente cristalino. Qualquer pessoa que saiba minimamente ler portugûes percebe que você só chamou "imbecil" ao autor do texto falso.

Admito que também o chamou aos que acreditam em tudo o que lêem.
Mas nesse caso o problema não é seu mas sim de quem "enfiou a carapuça".

24 de outubro de 2005 às 10:33  
Anonymous Anónimo said...

(Texto de JPP, no ABRUPTO, sobre o mesmo assunto):


Como muitas vezes acontece, o módulo original é genuíno (o texto sobre os aeroportos, ver explicação no Blasfémias, a que depois se acrescenta o boato e a desinformação (a acusação a Soares, havendo variantes do mesmo texto envolvendo outros dirigentes políticos). Este é um exemplo entre muitos de uma prática comum na rede (mais nos e-mail do que nos blogues) e nas redacções dos jornais, só que, nestas últimas, o mecanismo da edição impede, por regra, a sua publicação. Em períodos de luta política, este tipo de boatos intensificam-se, e associam-se ao recrudescimento de intrigas com origem em fontes anónimas. Aqui, jornalista prevenido vale por uma redacção inteira, embora as intrigas “passem” bem na imprensa, e os boatos não. Do mal, o menos.

Quanto aos boatos, há várias escolas de pensamento sobre o modo de os defrontar. Penso que devem ser tratados caso a caso, como excepções à regra de os ignorar. No caso de boatos sobre património, como é este caso, um esclarecimento rápido e incisivo pode ajudar a combater o boato. Mas, insisto, não há regra estabelecida.

24 de outubro de 2005 às 10:40  
Anonymous Anónimo said...

Eu tb recebi o texto e (para ser sincero) estive para o divulgar.

Sucedeu no entanto que logo a seguir me apareceu um outro, com pequenas variantes, o que já não seria admissível se o texto fosse um Copy/Paste de um artigo do Público-online.

Nessa altura, pensei:
Se o texto pretende ser uma transcrição de um artigo no jornal, porque é que não é indicada a data para se poder verificar?

Alves S.

24 de outubro de 2005 às 10:55  
Anonymous Anónimo said...

Bom, não sei porquê tanto alarido a um comentário! Apenas fiz uma má interpretação do texto escrito por, Alves S. (penso que é o nome da pessoa que publicou o comentário), a quem peço as minhas desculpas! Não se trata de, "enfiar carapuça", pois não tenho nada a ganhar ou a perder numa situação como esta! Acho, apenas que de uma má interpretação não se deve formar tanto "vento"!
A minha unica preocupação sobre este assunto foi encontrar a sua veracidade, que já me foi demonstrada!

24 de outubro de 2005 às 11:37  
Anonymous Anónimo said...

As minhas desculpas! Não era minha intenção estar a criar polémica!

24 de outubro de 2005 às 11:47  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Amigo Bernardo,

Acho que a troca de ideias foi bastante útil se for encarada no sentido de que "não devemos acreditar em tudo o que lemos na Web".

Infelizmente (todos nós) quando, p.ex., vemos uma informação no Google temos tendência a tomá-la como verdadeira - mesmo quando não há qualquer garantia disso!

24 de outubro de 2005 às 12:02  
Blogger António said...

Se interessa a alguem esta é a história

http://ablasfemia.blogspot.com/2005/10/boatos-blogosfricos-chegou-hoje-por-e.html

25 de outubro de 2005 às 10:33  

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