Impostos e imposturas
QUANDO eu era miúdo e ia apanhar uma injecção, o normal era que o médico ou o enfermeiro dissessem que não ia doer nada.
E o certo é que, mesmo que tal não fosse verdade, a mentirita tinha ajudado a descontrair, o que era óptimo.
Mais tarde, apareceu a moda oposta: preveniam os pacientes que ia doer - pretendendo que eles ficassem, depois, muito contentes se isso não sucedesse!
Não sei porquê, sempre preferi o «método antigo», e a revista «Science & Vie» deste mês confirma a bondade desse procedimento.
Não foi isso, exactamente, o que Sócrates fez ao garantir que não ia aumentar os impostos?
E o certo é que, mesmo que tal não fosse verdade, a mentirita tinha ajudado a descontrair, o que era óptimo.
Mais tarde, apareceu a moda oposta: preveniam os pacientes que ia doer - pretendendo que eles ficassem, depois, muito contentes se isso não sucedesse!
Não sei porquê, sempre preferi o «método antigo», e a revista «Science & Vie» deste mês confirma a bondade desse procedimento.
Não foi isso, exactamente, o que Sócrates fez ao garantir que não ia aumentar os impostos?
3 Comments:
nah, o que socrates fez foi uma promessa que nao podia cumprir. Qd o enfermereiro diz "quase nao vais sentir" - está a induzir uma sensação no paciente. Socrates faria o mesmo se dissesse "vou-lhes extrair estes impostos mas vocês não vão sentir nada, até porque a economia vai crescer" :)
homemDASneves
Pois é...
Mas, para nosso mal, o homem vai aprender, nem que seja pelo método de experiência-e-erro.
Esse vai ser exactmente o nosso grande problema.
Mas estamos quase a saber o que o orçamento 2006 nos reserva.
JC
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