8.12.05

Não há nada a fazer...

HOJE, um leitor comentou (no post intitulado «Grandes pontos!»):

E a nova medida que foi recentemente introduzida pela C S?
"O espaço ocupado pelo novo aeroporto é de 1 400 campos de futebol
"Pergunto eu: quais as subdivisões desta nova medida? Piscinas olímpicas?

Este assunto já foi aqui referido a propósito dos fogos de Verão:
Ninguém se entende acerca das áreas ardidas pois, em vez de falar de hectares, a rapaziada prefere usar a unidade campo-de-futebol (que, por sinal, pode variar em proporções de cerca de 1:2), cujas subdivisões são o campo de basquete e a mesa de ping-pong.

Agora, criaram uma nova medida de comprimento: o minuto:

Ressalva: A menos que essas cabecinhas estejam a pensar no facto (verdadeiro) de que «um minuto de arco de meridiano corresponde a uma milha náutica».

É bem possível, pois, para essa rapaziada, minutos de arco e minutos de hora deve ser tudo igual-ao-litro...

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se for 60 minutos a pé, seria bom conhecermos a tabela de Bocage.

Há ainda outra "coisa" estranha - o ministro disse na 5º feira passada, na Sic-N, que vai haver um call-centre (telefónico)com enfermeiros e pediatras, para evitar que as os pais levem as crianças às urgências dos hospitais desnecessariamente.

Ora, se as creches e infantários exigem "um papel" do médico, com a data a partir da qual as crianças podem voltar aos mesmos; se a mãe ou o pai têm que entregar "um papel" a justificar falta ao trabalho, como obter "o papel" ?

Teremos que aguardar para saber...

8 de dezembro de 2005 às 16:50  
Blogger António Viriato said...

Porque será que os portugueses mal ouvem uma expressão inglesa saltam logo para ela com miúdos azougados ?

Em vez de «call-center» não seria mais digno dizer «centro de atendimento» ou «centro de chamadas» ou qualquer outra expressão que traduzisse o mesmo sentido, mas em português ?
Quando deixaremos este provincianismo tacanho ? Quando abandonaremos o crioulo luso-inglês ? Como queremos, depois, que os outros respeitem a nossa Língua, se nós formos os primeiros a abastardá-la ?

8 de dezembro de 2005 às 22:37  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Amigo A. Viriato

Este assunto dá sempre "pano-para-mangas", pois a nossa língua tem palavras do latim, do grego, do árabe, etc.
Mais tarde apanhou com inúmeras outras do francês, e agora é a vez do inglês...

Simplesmente, há palavras que "imigraram" naturalmente (como "montra", "vitrine", "bidé", "futebol", "WC" , "OK", etc) e outras para as quais há palavras portuguesas mais fáceis (ou mais antigas) a que se deve dar preferência.

O problema é que, muitas vezes, as coisas aparecem MUITO mais rapidamente do que a nossa língua consegue criar palavras para elas...

Não é grave que se diga "futebol" (em vez de "pedibola", como em tempos chegou a ser sugerido!), mas já será parvoíce dizer "printer" em vez de "impressora".

Também não me repugna usar palavras como "software", mas nunca diria "paper" nem "computer", evidentemente!

8 de dezembro de 2005 às 23:10  
Anonymous Anónimo said...

No «DD»:

«O negócio envolve a aquisição de activos com capacidade para 230 megavatios»

«Vóltios, vátios e outros disparátios» - como dizia um professor que eu tive.

9 de dezembro de 2005 às 13:15  

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