10.12.05

Quanto mais (de)bates...

QUANDO uma discussão não está a correr de feição a alguém, essa pessoa usa, por vezes, um truque que raramente falha:

- Você não fala assim comigo! - atira ela.
- Eu falo como eu quiser! - responde o outro.

E por aí fora, para gáudio do primeiro que, assim, conseguiu desviar a discussão do seu conteúdo para a sua forma.

Aparentemente, Mário Soares está a recorrer a algo semelhante ao fazer grande burburinho sobre o modelo dos debates na televisão. Mostra-se quezilento, impacienta-se, irrita-se, diz que quer é debates vivos, com discussão - e depreende-se que, se lhe proporcionarem oportunidade para alguma peixeirada, ficará feliz.

Por seu lado, Cavaco Silva argumenta, com um ar superior, que isso seriam debates do tipo dos do Terceiro-Mundo.

Mas, pela imagem que aqui se vê (debate num parlamento de um país altamente desenvolvido) talvez não tenha 100% de razão...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pobres de nós, se temos de optar entre debates sonolentos (como os actuais) e peixeiradas sem qualquer nível como as de Carmona-Carrilho!

A vantagem destas últimas é que ficamos a conhecer melhor o nível de civismo dos protagonistas.

C.E.

10 de dezembro de 2005 às 20:44  
Anonymous Anónimo said...

Soares prepara-se para em Janeiro culpar a C. Social e as empresas de sondagens pelos previsíveis maus resultados.

Fará mal, pois descerá ao nível de argumentos rascas de um Jardim ou de um Santana Lopes.

Se de facto tiver maus resultados, só poderá queixar-se de si próprio e dos «génios» que o apoiam e aconselham.

Entretanto, faz pena ver alguém tão experiente a "não acertar duas"!

Pelo caminho, vai criando anti-corpos com fartura, reduzindo a ZERO a vontade dos votantes nas outras candidaturas para votar em si numa eventual 2ª volta.

Pior era difícil fazer.

E.R.R.

10 de dezembro de 2005 às 21:11  

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