Adivinha (*)
UM EXPLORADOR perdeu-se na selva e foi apanhado por uma tribo de antropófagos que de imediato se prepararam para o matar e comer. No entanto, ele poderia fazer uma afirmação que iria determinar como seria morto.
Se o chefe considerasse essa afirmação verdadeira, seria morto com uma flechada no coração; se, pelo contrário, a afirmação fosse considerada falsa, morreria cozido directamente no caldeirão.
Só que o explorador fez uma afirmação que impediu a sua morte!
Pergunta-se: que frase proferiu?
(*) Proposta por Vítor Coelho
Se o chefe considerasse essa afirmação verdadeira, seria morto com uma flechada no coração; se, pelo contrário, a afirmação fosse considerada falsa, morreria cozido directamente no caldeirão.
Só que o explorador fez uma afirmação que impediu a sua morte!
Pergunta-se: que frase proferiu?
(*) Proposta por Vítor Coelho
5 Comments:
«Além de ter gripe-das-aves,tenho andado a tomar antibióticos, pelo que a minha carne é pouco recomendável».
Certo?
Ele deve ter dito qualquer coisa do género : “tudo aquilo que eu digo é mentira”.
Se o chefe considerasse a afirmação verdadeira, estaria a acreditar no que o homem disse e logo a afirmação seria falsa ; se o chefe considerasse a afirmação falsa, o homem não poderia estar a mentir e logo a afirmação seria verdadeira.
Em qualquer dos casos o chefe estaria perante um cículo vicioso e ser-lhe-ia impossível decidir sobre a veracidade ou falsidade da afirmação. O homem não poderia ser morto de nenhuma forma.
Atenção : não pretendo esconder que procurei aqui adaptar um paradoxo que já conhecia noutra forma. E espero não me ter baralhado a mim próprio na explicação ...
Este tipo de problemas está na origem de uma célebre contradição lógica explorada por Bertrand Russel no início do século passado e que o levou a propor alguns ajustes na teoria dos conjuntos, precisamente para evitar afirmações auto inclusivas, as quais conduzem a círculos viciosos.
A forma mais conhecida do parodoxo de Russel é a história do barbeiro que só fazia a barba aos homens da cidade que não se barbeassem a si próprios ; portanto, quem faria a barba ao barbeiro?
Jorge Oliveira
Disse:
"Vou morrer cozido no caldeirão".
Sendo a afirmação verdadeira, teria de ser morto com uma flechada... mas assim não seria cozido!
Estando errada a afirmação, morreria cozido no caldeirão. Mas assim confirmar-se-ia a veracidade da afirmação, logo estaria fora de questão cozinhá-lo!
Jorge Freitas
Neste caso, mais apropriado do que o "paradoxo do barbeiro" talvez seja o do "todos os atenienses são mentirosos - frase dita por um ateniense".
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A adivinha seguinte (sobre a bifurcação) tb tem uma solução desse tipo.
Na segunda-feira divulgo-a.
Jorge Freitas acertou
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