Pois é...
DEU gosto ver, ontem à noite, o cinema NIMAS (em Lisboa) esgotado com a exibição de «O Leopardo», de L. Visconti (1962).
Esta cena do baile final simboliza o essencial da história (e da História...):
À esquerda, a dona da casa, representante da velha nobreza que "está de saída" do poder; à direita, o burguês tosco, aldrabão e podre de rico, que vai ser Senador no novo regime; ao meio, o jovem nobre sem dinheiro (revolucionário de-trazer-por-casa, reciclado & arrependido - que faz lembrar os pândegos "que nós sabemos"...), acompanhado pela noiva, a filha do burguês-grunho.
É difícil não sorrir ao ouvir a famosa frase de Lampedusa «É preciso que algo mude para que tudo fique na mesma».
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