PJ
EM QUATRO anos, a Polícia Judiciária conhece a sua quarta direcção. Se é mau para qualquer organização, muito mais grave é tal suceder numa polícia com a importância da PJ.
Para além da eficácia e da actualização prejudicadas, naturalmente que tal acarreta contratempos ao pessoal, inconvenientes aos meios, prejuízos ao fluxo de pesquisa e análise das informações indispensáveis à investigação criminal.
Semelhantes mudanças na direcçãoda PJ podem ainda reorientar prioridades e desviar atenções para onde mais possa interessar aos critérios de quem a dirija no momento, além de a deixar mais vulnerável a pressões da tutela política de turno.
Daqui surgem suspeitas, porventura injustas, para quem demite e nomeia e para quem se pretenda afirmar como isento e independente. Ou seja, é mau para quem sai e mau para quem entra. Só é bom para quem possa recear a PJ.
Compreende-se, neste caso, que os cidadãos temam aquela máxima de uns correlegionários do eng.º Sócrates que, aplicada a este caso, diria: "A PJ é para favorecer os amigos, destruir os inimigos e ser paga pelos indiferentes".
Acreditemos que não.
«25ª HORA» - «24 horas» de 6 Abr 06
Etiquetas: JL
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