23.5.06

No país dos brincalhões

VALE bem a pena ler a notícia em detalhe (v. «Comentário-1»).

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Solitário "choroso" enganou cadeia

Membros da Direcção do Estabelecimento Prisional de Coimbra (EPC) admitiram, ontem, em tribunal, ter sido enganados pelo maior assaltante de bancos português, ao transferi-lo para um serviço onde tinha acesso ao exterior. "Éramos muitos e todos fomos enganados", reconheceu Paula Sobral, adjunta do director do EPC. O "Solitário", como ficou conhecido o indivíduo que está a ser julgado por evasão, parecia "tão convincente", quando, a chorar, garantia não aguentar até ao fim a pena de 15 anos a que fora condenado, que conquistou a confiança de todos. Segundo uma guarda-prisional, ouvida ontem, foi por "andar sempre muito choroso" que o terão colocado naquele serviço.

"Parecia tudo tão sentido que nunca nos passou pela cabeça que pudesse arquitectar um plano de fuga", continuou Paula Sobral. Para demonstrar a confiança que nele depositava deu um exemplo se um dia antes da fuga "tivesse de colocar alguém em minha casa, num lugar de confiança, tinha-o colocado a ele". Só após a evasão descobriram que, afinal, "ele não se isolava tanto como parecia e que não chorava tanto" junto aos outros reclusos como "chorava quando estava connosco", afirmou Paula Sobral, ao lembrar que para essa imagem terá também contribuído o estigma de "muito vulnerável", com risco suicidário elevado, com que já entrou no EPC.

Paula Gonçalves («JN»)

23 de maio de 2006 às 11:26  

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