O pára-quedas do português
I
INFELIZMENTE, os portugueses não só precisam de ser protegidos uns dos outros como também têm de ser protegidos de si mesmos!
Só assim se compreende que alguém seja multado por não colocar o cinto de segurança ou por ir para a água quando a bandeira vermelha está hasteada na praia.
Estes casos fazem-me lembrar uma velha anedota de caserna, segundo a qual o instrutor de pára-quedismo avisa:
- Atenção, malta! Quem saltar e não abrir o pára-quedas será castigado com a perda do fim-de-semana!
(Publicado no «Público-Local» em 7 Jun 06)
II
NO «PÚBLICO» de 13 de Junho, dá-se conta daquilo que já se suspeitava: até à data, não foi aplicada nem uma das terríveis coimas previstas (de 55 a 1000 euros) para quem tomar banho em praias onde a bandeira vermelha esteja hasteada...
Jornalistas foram a várias praias nessas condições, viram o que se imagina, e fizeram as perguntas que se impunha - a banhistas e a nadadores-salvadores.
Ficaram então a saber que «ainda se está numa fase de sensibilização», que «como está muito calor, há que ter alguma tolerância» e que «o importante é ter cuidado».
Imagem: www.exercito.gov.br/Recrutinha/2003/18out/imagens/colori/paraquedas.jpg
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