Que mundo queremos, afinal? - II

MUITO se tem falado e escrito acerca da reportagem da RTP1 que, no passado dia 30, mostrou a violência e anarquia numa escola pública - onde uma câmara oculta recolheu, numa semana, imagens que se pensava que demorariam três meses a obter.

Compreende-se o cuidado que houve em evitar que os «actores principais» pudessem ser identificados, mas a ficha técnica bem podia ter incluído os nomes dos «verdadeiros artistas»: os "responsáveis" que, ao longo dos últimos anos, permitiram (por acção ou omissão) que se chegasse ao vergonhoso ponto a que se chegou.

Tendo em conta que, actualmente, muito se fala em avaliações e em economias na Função Pública, e sabendo-se que muita dessa gente ainda anda por aí - à solta e a viver à nossa custa -, o filme bem podia concorrer ao «Festival de "cana"» ou, no mínimo, ao prémio dos «Patins de Ouro».