10.7.06

A histeria


Capa de um livro antigo

A HISTERIA anti-tabagista tem atingido tudo (incluindo a manipulação de imagens de filmes antigos e famosos!), e Lucky Luke - evidentemente... - também não escapou: viu a sua inseparável "beata" sustituída por uma palhinha...

Excepção divertida:

Numa capa de um destes livros de BD (*) , o fumo que sai do cigarro do herói é usado para fazer sinais-de-fumo - o que deve ter dado cabo da cabeça dos fundamentalistas pois, nesse caso, o cigarro teve de se manter.
(*) Não me refiro à que em cima se mostra, mas sim à das caveiras.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tá mal. Ou se calhar... Tá bem.

10 de julho de 2006 às 12:34  
Anonymous Anónimo said...

Apanhei por aqui um filme no qual uma jeitosa jovem s d boleia ao rapazito de borda de estrada quando se apercebe que ele fuma. Mensagem: como o tabaco provoca impotncia, as mulheres podem dar boleia aos homens sem perigo (!). Comentrio popular: ela que se fie na Virgem e no corra.
Cumprimentos

10 de julho de 2006 às 12:45  
Anonymous Anónimo said...

E tu não queiras deixar de fumar, não, depois queixa-te.

10 de julho de 2006 às 12:53  
Anonymous Anónimo said...

Quando me obrigam (é o termo) a respirar o fumo do tabaco, sou tomado por uma tosse seca incontrolável. Ainda por cima me chamam "fundamentalista"!!!!!!!!

Acho uma graça a estes fumadores... Eu, que me sinto prejudicado na minha saúde por causa do vício deles, sou "fundamentalista". E eles o que é que são?

11 de julho de 2006 às 01:12  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Anónimo da 1h12m,

Toda a gente sabe que tem direito a não levar com o fumo dos outros - evidentemente isso não está em causa.

Eu não sou fumador, e o uso da palavra "fundamentalismo" tem a ver com a hipocrisia e com o exagero:

Hipocrisia, porque o Estado SUBSIDIA o cultivo do tabaco e é subsidiado pela sua venda, ao mesmo temo que diz (e com razão, evidentemente) que ele faz mal.

Exemplos de exagero é proibir que se fume nos barcos AO AR LIVRE, que se acabe com carruagens SÓ PARA FUMADORES, que se impeça que alguém tenha um restaurante onde, claramente, diga que se pode fumar (e onde só entra quem quer).

"Obrigar" um autor a redesenhar a obra (como é o caso do Lucky Luke) é inadmissível (ou, no mínimo, ridículo).

-

Fundamentalismo é também a desproporção entre meios e fins, como no caso da lei-seca nos EUA onde, durante anos, foi proibido vender bebidas alcoólicas.

Curiosamente, ninguém se preocupa com o facto de, p.ex., a Av. da Liberdade ser uma das mais poluidas da Europa...
Qualquer carro em que se ande está a atirar "fumo", até para quem vai a pé...

11 de julho de 2006 às 09:15  
Anonymous Anónimo said...

1. O Lucky Luke não foi redesenhado para lhe retirarem o cigarro. Pode verificar isso na reedição da colecção que está agora a ser promovida pelo Público.

2. Há cinco-5 razões para não se fumar: 1-saúde, 2-higiene, 3-segurança, 4-economia, 5-CORTESIA. Sublinho esta porque é muitas vezes esquecida. No barco, porque não me vou atirar à água se não gostar do fumo do tabaco. No comboio, porque não há maneira de evitar que o fumo passe de uma carruagem para outra quando se abrem as portas de interligação.

3. Outra vez o argumento do "há outras coisas tão ou mais importantes/poluentes/whatever que o tabaco, como o escape dos carros." Pois há, e por causa disso é que não se pode resolver o que pode ser já resolvido antes que se resolva o que demorará mais a ser resolvido?

11 de julho de 2006 às 12:42  
Anonymous Anónimo said...

Lucky Luke anda hoje faz parte da lista dos ícones-fumadores que se pode consultar em:

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_fictional_people_who_smoke

O rapaz deixou o vício em 1983:

«...in 1983 Morris replaced the cigarette with a piece of straw...».

11 de julho de 2006 às 13:30  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Em cima digo que o Lucky Luke foi redesenhado.

Peço descupa se se trata de má informação.

11 de julho de 2006 às 13:33  
Anonymous Anónimo said...

O Lucky Luke pode não ter sido redesenhado no sentido de "refeitos desenhos antigos".

Mas o desenho-ícone, a personagem-propriamente-dita, foi "como que redesenhada" ao ser-lhe alterada uma característica importante (a beata)e, com isso, a personalidade, etc.

Goste-se ou não; concorde-se ou não.

Ed

11 de julho de 2006 às 17:37  

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