Rio ri...
MUITO se tem discutido a atitude de Rui Rio de só conceder subsídios a quem se comprometer a não atacar a C. M. do Porto: uns dizem que isso é fazer uma gestão abusiva de dinheiros que não são seus, outros contra-argumentam com a sabedoria popular do «Não mordas a mão que te dá de comer».
Ora, nesta coisa de discussões, o melhor é procurar um exemplo que seja, além de válido, tão extremo que torne possível a aplicação do «método de redução ao absurdo»; e em matéria de atacar quem o ajuda - e recorrendo, até, ao insulto mais grosseiro -, temos um exemplo sempre à mão: Alberto João Jardim.
Bem... e se a um exemplo dessa magnitude se juntar a tal sabedoria popular... então nem queiram saber!
Ora, nesta coisa de discussões, o melhor é procurar um exemplo que seja, além de válido, tão extremo que torne possível a aplicação do «método de redução ao absurdo»; e em matéria de atacar quem o ajuda - e recorrendo, até, ao insulto mais grosseiro -, temos um exemplo sempre à mão: Alberto João Jardim.
Bem... e se a um exemplo dessa magnitude se juntar a tal sabedoria popular... então nem queiram saber!
Comeste a carne assada,
bebeste a aguardente,
sujaste a casa toda
'inda dizes mal da gente!
10 Comments:
mais um exemplo revelador da falta de sinceridade na adesão aos valores democráticos...
façamos um pequeno exercício de imaginação: imaginemos que o Salazer não tivesse caído da cadeira, imaginemos ainda que, com a graça de Deus, e rijo como era, estivesse ainda vivo e de poss das suas faculdades.
imaginemos agora que salazar ainda era o presidente do Conselho.
necessariamente, teria um grupo de pessoas dedicadas à causa pública, ministros, presidentes de Câmara, deputados à Assembleia Nacional.
imaginemos, olhando para o Portugal de hoje, quem poderiam ser tão patríóticas figuras?
nisto o que me choca não que Rio se comporte assim, é que tenha o poder de conceder subsídios de tal modo que lhe é permitido tão grande grau de discricionaridade na respectiva atribuição.
se o sistema permite que estas coisas aconteçam, não devemos admirar-nos que algumas pessoas tirem partido de tal possibilidade.
Esta questão reduz-se a um problema de oferta e de procura. Se existe a oferta de subsídios, há sempre uns choramingas que os procuram.
Para esses subsidio-dependentes esta atitude de Rui Rio não passa de uma aplicação moderna do velho ditado árabe : "Quem paga o jantar é que encomenda a música".
Jorge Oliveira
A situação só é mais difícil de engolir porque, neste caso, «quem paga o jantar» fá-lo com dinheiro que não é seu, mas sim dos munícipes e dos contribuintes; e, nestes, incluem-se aqueles a quem o jantar é pago (ou não...)!
Ed
O facto de Rui Rio "pagar o jantar" com o dinheiro dos contribuintes apenas lhe impõe mais obrigações de melhor utilização desse dinheiro.
Eu não sei se concordo, ou não, com a forma como Rui Rio está a tratar este assunto. No lugar dele, provavelmente actuaria doutra forma. Talvez mandando os subsidio-dependentes ir mamar na quinta pata do cavalo. A pedinchice já enjoa.
Nestas questões recordo-me sempre de quando era administrador do prédio e, depois de ter escrito duas cartas simpáticas aos condóminos devedores, sem resultados, à terceira chamava-lhes a atenção, sem contemplações, para a pouca vergonha do seu comportamento, com especial acutilância relativamente àqueles que tinham as casas alugadas e não pagavam o condomínio. O espantoso é que ficavam ofendidos.
Se Rui Rio actua com dureza junto de subsidio-dependentes que mordem a mão que lhes é estendida, talvez tenhamos de lhe dar algum crédito.
Jorge Oliveira
só conceder subsídios a quem se comprometer a não atacar a C. M. do Porto:
Isto é mentira e que o escreveu sabe que é.
[...as intituições subsidiadas pela Câmara do Porto a] «absterem-se de, publicamente, expressar críticas que ponham em causa o bom-nome e a imagem do município do Porto, enquanto entidade co-financiadora da actividade da sua representada» (sic)
A propósito dessa atitude de Rio, a tónica dos seus defensores tem sido a de que «faz ele muito bem» (como JPP fez na Quadratura do Círculo e no ABRUPTO).
Ainda não tinha ouvido a outra variante, a de dizer que «é mentira».
Sugere-se então, a quem saiba, que publique aqui o essencial do documento do Rui Rio, completando o texto citado no comentário das 5:33.
Ed
Não há nada como ir ao "site" da Câmara Municipal do Porto:
(...) a única exigência que a CMP faz é a de que as instituições não teçam criticas sobre as matérias que acordam, por escrito, com a Câmara Municipal do Porto.
Está em:
http://www.cm-porto.pt/pageGen.asp?SYS_PAGE_ID=455902&ID=1880
Obrigado LM:
Ou seja o que Rui Rio quer é que quem receba dinheiro para um determinado evento, a ser organizado em comum, não venha para a praça pública criticar o mesmo.
Parece que há uma diferença, não?
Mas podem criticar, por exemplo, o arranjo da praça emblemática do Porto.
Será isto dificil de entender e aceitar?
Onde é que já se viu morder a mão que dá o pão?
«Onde é que já se viu morder a mão que dá o pão?»
Esta frase aplica-se à pessoa que dá o SEU pão. Dando algo que lhe pertence, está no pleno direito de exigir as contrapartidas que entender.
Sucede que, aqui, não é o caso, pois Rio não dá (ou deixa de dar) dinheiro SEU, mas sim dos contribuintes.
M. Ramalho
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