13.11.06

Com a verdade me enganas...

NO ILUSIONISMO, artistas e espectadores sabem que é tudo ilusão, e o fascínio do espectáculo tem muito a ver com o facto de tentarmos perceber como é que aquilo é feito - e não o conseguirmos.

No entanto, há quem atravesse a fronteira ente o ilusionismo e a charlatanice, convencendo o público de que o que vê é mesmo verdade. Isso, só por si, pode não ter mal nenhum, mas há quem embirre com o facto e dedique tempo e energias a tentar estragar o ganha-pão dos outros - como se pode ver neste clip.

Como curiosidade, veja-se os apresentadores dos programas a fumar em palco e, no fim, a irritação do desmistificador pelo facto de as pessoas continuarem a acreditar mesmo quando a verdade é revelada...

(Clip sugerido por Pedro Ribeiro)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Será que a charlatanice é assim tão inocente que, só por si, não tem mal nenhum?

Se estivermos a falar de um "entertainer" que ao realizar truques de magia se recusa a dizer que é um truque, ainda vá. Mas não me parece que se encontrem muitos exemplos destes. A maioria dos mágicos gosta que se reconheça o esforço: apresentar truques de magia requer muito trabalho de bastidores.

Mas regra geral nestes casos estamos a falar de pessoas que enganam deliberadamente os outros aproveitando-se da credulidade e superstição dos outros.
Depois, muitas vezes, dão o salto para áreas em que podem afectar a vida das outras pessoas. Os exemplos mais flagrantes são os inúmeros predadores que prometem curas milagrosas para doenças como o cancro, muitas vezes fazendo com que as vítimas recusem tratamento hospitalar que é, apesar de tudo, o que se vai tendo de melhor.

E assim vão enriquecendo às custas das suas vítimas, apanhadas em momentos de particular fragilidade. Não vejo motivo nenhum para se ser permissivo com charlatães de qualquer espécie.

14 de novembro de 2006 às 11:08  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Eu não digo que "não tem mal nenhum" - claro que a charlatanice pode ter mal, e muito!

O que eu digo no post é que «pode não ter mal nenhum», como é o caso do indivíduo que aparece no vídeo e que dobra colheres.

Neste caso, é uma charlatanice-de-meia-tijela, ingénua.

14 de novembro de 2006 às 12:48  

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