Carrilho e os carrinhos
Av. João XXI
Pode ter sido uma ilusão mas, durante a campanha eleitoral para a CML, Manuel Maria Carrilho pareceu ser, de todos os candidatos, o que mais se preocupava com casos como estes pelo que, mesmo não tendo sido eleito presidente, se esperava dele uma acção - pelo menos - de denúncia eficaz.
Levando colada a si a imagem de que tanto fazia lá estar como não estar (como diz Fontão de Carvalho), Carrilho abandona agora o cargo de vereador alegando que não tem tempo para exercer, ao mesmo tempo, o de deputado na A.R.
Tudo bem. Mas só agora é que descobriu isso?!
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NOTA: Entretanto, num PS que, ultimamente, parece mais interessado em tricas e lutas internas do que na resolução dos problemas da capital, já começou a luta pela sucessão...
5 Comments:
A foto de baixo é particularmente chocante porque, como se vê, os grunhos em causa tinham espaço para estacionar mesmo ali.
Hoje ví polícia de trânsito a autuar nesta zona. Pau nos grunhos, e com força!
Atenção! Um lugar vago agora não significa que assim estivesse quando esses senhores chegaram. Obviamente, não deviam estacionar assim em qualquer caso.
O assunto não é fácil. Moro numa rua de Lisboa que para 11 prédios, cada um com 9 apartamentos, tem marcados como parqueamento legal e com parquímetros 29 lugares de estacionamento. A zona é de há 50 anos, os prédios não têm garagens. Embora os passeios sejam imensos, com área ajardinada e área de calçada, nunca nas diversas obras que foram feitas (por exemplo instalação do novo gás de cidade) obrigando a mexidas no terreno, admitiram retirar 20 centímetros aos passeios de modo a que se pudesse estacionar legalmente dos dois lados. A rua tem apenas sentido descendente. Para estacionar no lado esquerdo só com duas rodas no passeio. Com o ratio que referi atrás - 99 famílias, 29 lugares de estacionamento - as multas sucedem-se e a Câmara esfrega as mãos de contente. Eu até gostaria de não precisar de carro mas para ir trabalhar não tenho alternativa. Há que cumprir horários e carregar com 5, 6, 7 quilos às costas de materiais escolares. Dirão que poderia ir a pé, de bicicleta ou até numa dessas vespas que usa o meu filho mais novo. Já não dá. Os anos também pesam e são 10 quilómetros. Nunca lá chegaria.
«O assunto não é fácil».
Pois não. É o tipo de problemas que podia ter sido fácil se fosse tratado de raiz (ou no início) e agora não é.
Há muitos casos semelhantes (droga, arrumadores, caca de cão nos passeios, etc)
Mas é para tratar de coisas "difíceis" que os povos pagam a pessoas para as resolverem.
A tempo inteiro, há autarcas, políticos, autoridades, etc.
Se não têm "meios" (como gostam de dizer...) ARRANJEM-NOS, que é para isso que lá estão e pagamos os impostos, as taxas, as coimas...
De qualquer forma, estes são problemas que já foram (ou estão a ser) tratados em todo o mundo.
Basta "copiar".
O problema é quando não há sensibilidade nem vontade.
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