10.4.07

Filhos da mãe

UM CONCURSO DE TV fez mais antifascistas do que um bosque cria cogumelos. Quando estar contra Salazar dava 2 a 8 anos de cadeia, ninguém deu por tanto democrata. Afinal, estão aí vivinhos da costa e são mais do que as mães!
Arrependidos, pintados de fresco, a viverem como não se vivia no fascismo, ó pr’a eles, a gritarem contra Salazar que ganhou um concurso de TV destinado a somar chamadas de valor acrescentado à publicidade que certa audiência angariou para a TV do Estado.
Aí estão políticos, sociólogos, analistas, jornalistas e comentadores a discutirem a vitória do ditador num programa que, na sua noite decisiva, não conseguiu mais do que um terceiro lugar mal medido no “share”, ao fim de 30 anos de democracia.
Antes que também cheguem os psicólogos para darem colo aos carentes, deixem-me dizer que penso que o velho ganhou porque foi um filho da mãe melhor do que os filhos da mãe de agora e não meteu ao bolso um tostão que não fosse seu.
Pronto, agora gritem as vossas razões. Para mim, estas é que contam.
«25ªHORA» - «24 horas» 2 Abr 07

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3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A grande diferença é que com estes não somos presos ou exilados por falar mal deles, enquanto que com o outro filho da não haveria artigos de opinião a chamar-lh filho da mãe. Só isto vale a diferença.
Também podia falar nas roubalheiras e escandalos (inclusvé pedofilia) que havia no outro tempo, mas de cesteza que essas noticias não apareciam nos jornais.
Talvez seja isso que muita gente gostava no antigo regime - vícios privados, públicas virtudes.

10 de abril de 2007 às 14:06  
Anonymous Anónimo said...

Desculpa mas não gostei absolutamente nada deste texto

10 de abril de 2007 às 17:53  
Anonymous Anónimo said...

Ninguém se preocupa com a falta de liberdade porque esta hoje é garantida. A memória é curta por isso só nos lembramos daquilo que nos dizem (que TUDO foi mau nesses tempos - o que não é possível que seja verdade) e do que os de agora fazem. Claro que também não é tudo mau, mas o Presente é que dói, o passado já lá vai.

10 de abril de 2007 às 21:03  

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