A regra e a excepção

Abel e Srinivasa Varadhan

SRINIVASA VARADHAN, da Universidade de Nova Iorque (NYU), acaba de receber o prémio Abel, que é um dos mais prestigiados e valiosos prémios matemáticos existentes. É concedido anualmente desde 2003 em memória do matemático norueguês Niels Henrik Abel (1802–1829) e totaliza 750 mil euros. Desta vez foi atribuído pelo trabalho no estudo de desvios extremos em processos aleatórios. O matemático israelita George Szpiro comentou tratar-se de mais uma prova da maturidade das probabilidades e estatística, áreas que ao longo das últimas décadas têm vindo a ganhar um estatuto cada vez mais importante no edifício matemático. O estudo das probabilidades e da estatística surgiu na procura de grandes regularidades e teve um momento alto nas chamadas leis de grandes números e nos ditos teoremas de limite central, que mostram como muitos fenómenos aleatórios se comportam de forma semelhante, desde que suficientemente repetidos.Pegue-se, por exemplo, num par de dados e atire-se o par ao ar 50 vezes. Somem-se os números obtidos de cada lançamento e faça-se um gráfico de barras com o número de vezes que a soma deu 2, 3, ... 12. Recomece-se tudo. Façam-se de novo 50 lançamentos e desenhe-se novo diagrama. É surpreendente como os dois gráficos podem ser parecidos. A estatística nasceu do sucesso de tratar regularidades deste tipo.

Mais recentemente, contudo, desenvolveu-se dando destaque às excepções, aos acontecimentos altamente improváveis, que são decisivos em seguros, por exemplo, uma vez que são os grandes desastres podem levar as companhias à bancarrota. Varadhan é um nome maior desta área da estatística. O seu trabalho é estudar as excepções à regra., da Universidade de Nova Iorque (NYU), acaba de receber o prémio Abel, que é um dos mais prestigiados e valiosos prémios matemáticos existentes. É concedido anualmente desde 2003 em memória do matemático norueguês Niels Henrik Abel (1802–1829) e totaliza 750 mil euros. Desta vez foi atribuído pelo trabalho no estudo de desvios extremos em processos aleatórios.

O matemático israelita George Szpiro comentou tratar-se de mais uma prova da maturidade das probabilidades e estatística, áreas que ao longo das últimas décadas têm vindo a ganhar um estatuto cada vez mais importante no edifício matemático. O estudo das probabilidades e da estatística surgiu na procura de grandes regularidades e teve um momento alto nas chamadas leis de grandes números e nos ditos teoremas de limite central, que mostram como muitos fenómenos aleatórios se comportam de forma semelhante, desde que suficientemente repetidos. Pegue-se, por exemplo, num par de dados e atire-se o par ao ar 50 vezes. Somem-se os números obtidos de cada lançamento e faça-se um gráfico de barras com o número de vezes que a soma deu 2, 3, ... 12. Recomece-se tudo. Façam-se de novo 50 lançamentos e desenhe-se novo diagrama. É surpreendente como os dois gráficos podem ser parecidos. A estatística nasceu do sucesso de tratar regularidades deste tipo. Mais recentemente, contudo, desenvolveu-se dando destaque às excepções, aos acontecimentos altamente improváveis, que são decisivos em seguros, por exemplo, uma vez que são os grandes desastres podem levar as companhias à bancarrota. Varadhan é um nome maior desta área da estatística. O seu trabalho é estudar as excepções à regra.

Adaptado do «EXPRESSO»