21.12.07

Votação pelos leitores

Qual o melhor comenta'rio?
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Os comentários feitos pelos leitores à crónica de Saldanha Sanches «Máfia: o Clima Apropriado» estão em comentário a este post. O melhor deles (a decidir pela presente votação que decorrerá até às 20h do próximo dia 25) dará direito ao prémio duplo indicado [aqui].

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Actualização (25 Dez 07/20h10m): o prémio foi ganho por "Mendonça", a quem se pede que contacte sorumbatico@iol.pt

1 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Cometários feitos:

A) vsuzano: Em verdade em verdade lhe digo... a Polícia tem sido sucessivamente esvaziada de poder efectivo, onde uma "Bofetada" de vez em quando não cai nada mal... e até ajuda a prevenir uma qualquer constipação futura...

Defendemos demasiado os "Bandidos/arguidos" e esquecemos que a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros... e o resto é treta...

Se se continuar na defesa dos criminosos, talvbez a médio prazo, e com o excesso de violência criado, aparecem os Policias como Policias,Magistrados e Juízes, condenando de imediato um qualquer crime que tenham conhecimento/investigado...

Não quero uma sociedade policial, mas também não quero uma sociedade sem policia com efectivo poder, e da qual essas "mafias" tenham receio efectivo...

Abraço

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B) Jacinto: Ai que saudades da"opressão" salazarista...

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C) Jose Silva: Caro senhor,

Usando também analogias da penísula itálica, remeto-o para o conceito de «Pão e Circo». O Porto e o Norte tem vivido nos últimas décadas de Pão e Crico. Perante esta depressão económica e social organizada conscientemente ou não pela oligarquia da capital, as vitórias do FCP tem funcionado como uma forma de ser Feliz Como no Prozac (FCP, e esta hein ?). POrtanto, quem é o principal beneficiário deste «sistema» vive ai em Lisboa. Pinto da Costa é o maior aliado dessas oligarquias. No feliz dia em que o FCP deixar de ganhar, o Porto reclamará por mais poder em Portugal, e os vossos patrões da quinta da Marinha tremerão.
Sr Sanches, PF antecipe esse dia. Ou então andará permanentemente a fazer a figura de ... .

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D) José Luiz Sarmento: «Subsistema político»... «coito medieval»... «espaços sociais de convivência» entre magistrados e influentes... Meu caro Saldanha Sanches, está a falar de futebol, não está? Então porque não dizê-lo?

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E) Mendonça: «Porque não dizê-lo?»? Porque, para pessoas minimamente
informadas (como é suposto serem os leitores do «Expresso-Economia» para o qual o artigo foi escrito), o óbvio não precisa de ser explicitado em termos de B-A-BA.

Mas parece-me que é mais do que o futebol:

Nos últimos anos, no Porto (cidade onde nasci e vivi e que conheço bem) criou-se uma mistura explosiva de futebol (FCP) + autarcas do PS (Nuno Cardoso + Fernando Gomes) + construção civil.

Nada que não tenha sucedido em muitas outras terras; só que, no Porto, atingiu dimensões que ultrapassaram o admissível. Quanto mais não seja, porque tudo indica que àquelas 3 parcelas se juntaram outras: droga, negócios de "segurança", cumplicidades de polícias.

E tudo temperado por uma impunidade garantida, evidentemente.

Pior:

Começou (já há bastante tempo) a fazer caminho a ideia de que quem não aceita os dislates dessa gente está "contra a cidade do Porto e contra os portuenses"!!

Ainda hoje pude ler em diversos blogues que quem quer ver os assassinos presos está a soldo do Benfica, dos lisboetas e outras enormidades.
Quem lê isso, pensará que é escrito na brincadeira. Mas, pelo que eu conheço, não é. Há mesmo quem pense isso.

Para essa gente, "amar a cidade" passa por tolerar o crime (mesmo o assassinato profissional e em série!), e o facto de alguém andar aos tiros de metralhadora nas ruas é "bacano"...

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F) José Luiz Sarmento: Não é escrito na brincadeira, não. Tem razão... Eu também já vi isso escrito sem ser na brincadeira.
No entanto, e mesmo estando de acordo com o que Mendonça escreve sobre as mafias da droga e da construção civil, não posso deixar de considerar que o futebol tem um estatuto especial: podemos encontrar lá, sem escândalo, figuras que nesses outros territórios apareceriam demasiado deslocadas.

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G) I_miss_my_lung: "Nada que não tenha sucedido em muitas outras terras; só que, no Porto, atingiu dimensões que ultrapassaram o admissível." - Estamos a ser um bocado ingénuos, ou não? Primeiro, a mera existência destes negócios é inadmissível, nunca pode ser uma questão de dimensão. E pensar que a sua dimensão é maior no Porto do que em Lisboa é, vamos ver, estúpido. Segundo, estes acontecimentos foram claramente sobre-explorados pelos media, como seria de esperar, por haver uma alegada ligação entre estes e o mundo do futebol. A exploração mediática destes acontecimentos resultou em histeria (e vice-versa) porque: a)os habituais defensores da justiça e da moral, predominantemente lisboetas, saíram a terreiro criticar a "faroestização" (porque futebol-"related") da noite do Porto; b)criou-se o medo entre os cidadãos do Porto que, ao contrário de outras cidades "bastiões da paz e segurança", estão habituados a andar nas ruas da sua cidade com uma assinalável tranquilidade. Não quero de maneira alguma desculpar esses crimes e criminosos que não merecem mais nada a não ser a vida na prisão.Mas na minha cidade prefiro, de longe, que um criminoso assassine um criminoso todas as semanas do que saber que crianças inocentes são abusadas continuamente desde há dezenas de anos mesmo depois da intervenção de supostas "super-equipas" das autoridades. ISSO é vergonhoso!

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H) Carlos Medina Ribeiro: Na medida em que os estados nasceram da necessidade dos povos se proverem de SEGURANÇA e de JUSTIÇA, poucas coisas há tão reveladoras do seu estado de evolução (ou de atraso) como a postura perante essas duas realidades.

Toda a gente ouve dizer que os criminosos devem ser presos - e há quem advogue, até, a pena de morte - mas...

"...desde que nao se trate de gente do meu partido, do meu clube ou da minha terra...".

E ainda: A crónica de JLSS só pode criar celeuma entre os que "enfiam a carapuça".

Mas leia-se o texto como um trabalho teórico acerca das máfias em geral: o autor nem sequer diz nada de novo, limita-se a referir como (e porquê) as máfias nascem, se implantam e crescem impunemente em qualquer parte do mundo onde as condições sejam propícias.

Nessa perspectiva, e lido o texto com atenção, alguém é capaz de, nele, indicar algum erro?

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I) João Castanhinha: Posto dessa forma, como "trabalho teorico" quem somos nós para o discutir..de qualquer forma, se de um acto teorico se trata deveria estar contextualmente imune a interpretações circunstânciais do momento, perdoe-se a colagem à realidade portuguesa, é que pensava mesmo que era mais uma descabida teoria da conspiração; ainda bem que estou esclarecido, e não, realmente não têm erros, nem aqui "nem em qualquer parte do mundo".

Só mais uma coisinha...e o factor Antropológico? Não conta nada para o caso? No crescimento de mafias e no seu enquadramento e alargamento socio-cultural (sim, chega a ser tradição, ritual de passagem, etc...)de uma região ou estado?
É que nem só de justiça e segurança (felizmente) os estados são feitos...quer melhor exemplo do que o nascimento da mafia siciliana?
É que na especificidade do crime organizado só numa fase avançada ( a de confrontação com os poderes do estado) nos apercebemos da sua existência, entretanto já os equilibrios foram definidos e as regras estabelecidas.
Como tal, não posso estar de acordo com a primeira condição por ele enunciada, a necessidade primordial de protecção política...quando a organização criminosa disso necessita é porque a sua dimensão há muito que se alargou a outras realidades de actuação,assim de repente até julgo encontrar alguma coisa por onde pegar no intocávél "trabalho teorico" de Saldanha Sanches, e não me pareçe que tenha nada a ver com "enfiamentos de carapuças", apenas comentários honestos e sinceros.

21 de dezembro de 2007 às 20:38  

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