2.5.08

Morte de Estima de Oliveira

Por Carlos Pinto Coelho

MORREU ONTEM, num hospital de Lisboa, o poeta Alberto Estima de Oliveira, que nasceu em 1934 e viveu grande parte da vida em Macau, onde publicou muitos dos seus livros.

Como se no deserto
os rios se encontrassem
como de amor urgente
a água se sorvesse
como se os corpos
libertados
dos cárceres
da memória
voassem como
pássaros
como humidade
na manhã dos olhos
como aroma
de terra vertida
ungindo os lábios
com óleos da vida
Aberto Estima de Oliveira, O corpo (con) sentido, Instituto Cultural de Macau e Instituto Português do Oriente, 1993.
É uma enorme perda para as Letras lusófonas.

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3 Comments:

Blogger ratome said...

Paz à tua alma meu bom amigo Alberto e grato pelo convívio em Macau nos já passados e longínquos anos 1982-1989!
Até ao nosso reencontro!
João

2 de maio de 2008 às 23:32  
Blogger Alice Santos said...

Soube da partida do meu amigo Estima quando passava a notícia em rodapé na televisão. Tinha acabado de colocar na estante os livros "O Rosto", "Corpo Con Sentido" e "Diálogo do silêncio" cujas dedicatórias acabara de ler. Coincidência? Talvez... Quem sabe?... Até sempre.
Alice Santos

5 de maio de 2008 às 10:27  
Blogger Antunes Ferreira said...

No meu travessadoferreira.blogspot.com deixei um apontamento sentido pela Alberto Estima de Oliveira. Um grande Amigo e um grande Poeta. Tenho os seus livros autografados em Macau, graças ao Helder Fernando que nos apresentou. Cada vez que fui a Macau - e bastantes foram - sempre me encontrava com o Estima. O Poeta morreu - mas ficará connosco para sempre

6 de maio de 2008 às 01:03  

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