11.6.08

Associação de ideias - III

MAIS CÊNTIMO, menos cêntimo; mais boicote, menos petição, pergunta-se:
Como é que estamos em termos de longo prazo?
O que é que está a ser feito - pelos políticos (quer do governo, quer da Oposição), pelos autarcas, pela comunicação social, etc. - para consciencializar a sério os portugueses de que a era da energia barata acabou, e que toda a sociedade tem de se preparar para uma mudança, sem retorno à vista, do paradigma de vida?

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Porque é que nenhum telejornal falou da greve dos camionistas em Espanha? Nenhum.
Estranho? Conveniente?

11 de junho de 2008 às 15:41  
Blogger Luís Bonito said...

Acho que a questão levantada é muito importante.
Em todo o lado se ouve os políticos e os seus arautos dizerem que a crise energética está para ficar, que não tenhamos ilusões de que o preço do barril de petróleo, mesmo que baixe, nunca baixará para valores semelhantes aos anteriores, etc. E logo dizem que a solução estará noutras formas de energia, no poupar, em criar portagens para entrar nas grandes cidades, etc. Ora, a crise está para ficar, e esse qualquer outro tipo de solução(ões) levará anos até que possamos usufruir dele(s).
O mesmo é dizer: aguentem e vão pagando.

11 de junho de 2008 às 15:59  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Há soluções que demoram alguns anos (como, por exemplo, a construção de centrais nucleares), e há outras que demoram ainda mais (como a eventual mudança do petróleo para o Hidrogénio).

Mas há outras simples, como dar preferência (em portagens ou em faixas BUS) a carros que transportem mais do que 1 ou 2 pessoas, facilitar a vida a quem queira usar moto ou motorizada, etc.

Há cerca de uma semana, fiquei de olhos em bico ao ver o metro do sul do Tejo às moscas!
Uma composição circulava, às 11h da manhã no Centro-Sul de Almada com 4 passageiros, e na noite anterior vi várias com 1 e 2!

11 de junho de 2008 às 16:21  
Blogger Carlos Portugal said...

Há uma contradição esssencial e esclarecedora nesta "crise da energia": o Governo, que é o grande arauto da crise, ainda não mexeu uma palha para incentivar à poupança da energia! Não se viu nenhuma campanha para esse efeito e, pelo contrário, é a Galp que inunda todos os media com o seu incentivo ao consumo.
Até há medidas bem simples e já aplicadas, com êxito, noutras paragens, como a redução dos limites de velocidade nas auto-estradas e vias rápidas. Ou a proibição definitiva de construção de edifícios em que a sobrevivência no seu interior só é possível através de poderosos sistemas de climatização em funcionamento permanente.
Mas há mais! Só digo tudo quando me pagarem 0,1% do valor poupado em energia, num ano, em Portugal, com estas e outras medidas, que não incluem impostos nem sacrifícios de uns para o bem de outros.

11 de junho de 2008 às 21:25  
Blogger Unknown said...

Do ponto de vistas energético o petróleo é utilizado quase em exclusivo nos transportes, o seu uso para outros fins, aquecimento ou produção de energia eléctrica, etc., é diminuta. Pelo que, quando os governos falam em energias alternativas, eólica, nuclear, etc., que na realidade se traduzem em produção de energia eléctrica, como alternativa ao petróleo soa-me a mera propaganda para entreter distraídos, uma vez que o transporte ferroviário, tanto de passageiros como de mercadorias não é fomentado e, continuará a não ser mesmo com TGV.
A construção de vias de circulação, auto-estradas, radiais, eixos viários, etc. potencia a utilização do automóvel em detrimento dos transportes colectivos, bem como do transporte de mercadorias por estrada.
A existência de portagens para entrada nas cidades como meio de combater o consumo de combustíveis é ilógica na medida em que acentuaria as desigualdades sociais, proibir a circulação será a forma justa de equacionar a questão, porém qualquer uma das medidas não será eficaz na redução do consumo de combustíveis uma vez que os carros ficariam “amontoados” junto às entradas das cidades em insuficientes parques de estacionamento.
A propósito do preço dos combustíveis acho estranho que nenhum analista credível se dê ao trabalho de fazer a analise da evolução do preço do barril em Euros e comparando-a com a variação do preço dos combustíveis, acho que seria interessante e talvez surpreendente. É com Euros que se compram os Dólares que servem para pagar o petróleo, ou não é assim?

12 de junho de 2008 às 01:12  

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