3.3.09

José Sócrates, o Cristo da política portuguesa

Por João Miguel Tavares
VER JOSÉ SÓCRATES apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina.
(...)
À medida que se sente mais e mais acossado, José Sócrates está a ultrapassar todos os limites. Numa coisa estamos de acordo: ele tem vergonha da democracia portuguesa por ser "terreno propício para as campanhas negras"; eu tenho vergonha da democracia portuguesa por ter à frente dos seus destinos um homem sem o menor respeito por aquilo que são os pilares essenciais de um regime democrático. Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez.
Texto integral [aqui]

Etiquetas:

5 Comments:

Blogger rc said...

A pose arrogante com que responde às criticas, a superioridade com que se eleva sobre as acusações, são o exemplo de um homem auto-convencido pela sua imagem num espelho.

Imagem criada num convencimento tal, que se torna real no espelho, como na sua mente deturpada.

A campanha negra de que se queixa, foi construida pelas pontas soltas que foi deixando, no seu "imaculado" percurso politico. Se puxassem bem por elas, então sim, negro seria o futuro do sr. PM. Talvez até manifestações organizadas por SMS viessem a propor a sua demissão ao PR.

E que tal seria, sr. Sócrates, que tal seria esta democracia? Esta que o elegeu homem santo.

4 de março de 2009 às 14:44  
Blogger LMB said...

Magnífico texto. Parabéns

5 de março de 2009 às 13:00  
Blogger LMB said...

Para acrescentar às "virtudes" do nosso p. m. só falta a capacidade de hipnotizar multidões.
O ar, tristemente idiota de devoção ao líder que muitos militantes mostraram naquele "congresso", só se justifica de duas maneiras. Ou são mesmo idiotas ou foram vítimas de uma hipnose colectiva.
Pior será se, a razão de tal devoção, se dever ao facto de também professarem o mesmo tipo de "moralidade" de sócrates.

5 de março de 2009 às 13:07  
Blogger Unknown said...

Fui, por diversas vezes, «acusado» aqui no Sorumbático, de ser um «defensor oficioso» do primeiro-ministro. Nem precisava de desmentir tais afirmações e/ou insinuações. Guardei comedimento q.b.

Sei bem o que sou e nunca me sujeitei a recados de ninguém. Ou seja - nunca me vendi. Profissionalmente, penso que é das poucas qualidades que penso ter - sem falsas modéstias.

Adito, porem: enquanto fui Chefe da Redacção e depois Director Adjunto do «Portugal Socialista» (quase oito anos, com Homens como Mário Sottomayor Cardia, Tito de Morais, Manuel Alegre como Directores) escrevi, naturalmente a favor do meu partido, o PS.

Pois bem: ali e durante esse lapso de tempo, ninguém me tentou, sequer, encomendar um recadito. Sob pena de receber uma negativa peremptória, ou de registar a minha demissão.

Estou à vontade, presumo, para concordar com o ditado que diz que só os burros não mudam. Portanto, quando o entendo justo e justificado, estendo a mão à palmatória.

Para mim, Sócrates tem sido o primeiro-ministro, desde a salazarenta figura, acentuo, com mais coragem e obra feita - bastante. Sublinho o para mim.

Porem, perante este avolumar de situações, no mínimo equívocas, muito pouco agradáveis, tenho de afirmar que o José Miguel Tavares - de quem sou um admirador, mas com o qual não concordo uma quantas vezes... isso é que é a Liberdade e a Democracia - infelizmente tem razão.

Sócrates não deve - não pode - dar lições de «moral» a quem quer que seja. Bastaria o enunciado pelo jornalista para que se coibisse de o fazer. Não faço julgamentos ad hoc - quem sou eu para os fazer?

Donde, até prova em contrário, não pode haver veredicto popular em julgamento de rua para José Sócrates. Como todos os cidadãos, goza do direito de ser considerado inocente.

Entretanto, pode perguntar-se de quem o primeiro-ministro terá recebido delegação de poderes para ser defensor da moralidade? Mesmo que da política...

Assistindo-lhe todo o direito de se defender do que entende ser ataques consecutivos, já não lhe assiste arvorar-se em guardião dessa moral. De qual?

Aqui deixo um abraço solidário ao Zé Miguel e a certeza que pode ter de que continuarei a lê-lo com a atenção que merece. E não me esqueço que vivi 16 anos a defender a bandeira do DN, onde cheguei a Chefe da Redacção. Sem encomendas.

4 de abril de 2009 às 12:21  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

A pedido do HAF:

No comentário anterior, onde se lê José (e Zé), leia-se João.

4 de abril de 2009 às 14:11  

Enviar um comentário

<< Home