Aplicadores
Por António Barreto
A PUBLICAÇÃO, pelo Ministério da Educação, do “Manual de Aplicadores” não passou despercebida. Vários comentadores se referiram já a essa tão insigne peça de gestão escolar e de fino sentido pedagógico. Trata-se de um compêndio de regras que os professores devem aplicar nas salas onde se desenrolam as provas de aferição de Português e Matemática. Mais preciso e pormenorizado do que o manual de instruções de uma máquina de lavar a roupa. Mais rígidos do que o regimento de disciplina militar, estes manuais não são novidade. Podem consultar-se os dos últimos quatro anos. São essencialmente iguais e revelam a mesma paranóia controladora: a pretensão de regulamentar minuciosamente o que se diz e faz na sala durante as provas. (...)
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1 Comments:
A paranóia controladora
de déspotas iluminadas,
é miseravelmente reveladora
de políticas estagnadas.
As normas militarizadas
de cariz “taylorista”,
só podem ser preconizadas
por gente purista!
Preocupado com a educação
nestas terras lusitanas,
o mexilhão aguça a elocução
contra as políticas puritanas.
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